É impressionante a quantidade de coisas que acumulamos durante a vida e que não valem nada!
Há tempos, acompanhei o meu marido, na sua qualidade de quem trata da Assistência na nossa igreja, à casa de uma senhora viúva recentemente falecida. A ideia era ver que objectos e mobílias podiam ser aproveitadas para outras pessoas.
Impressionou-me aquilo. A cozinha estava como se a senhora tivesse apenas saído para as compras: um pano da louça pendurado, uns alhos numa caixinha, as pegas ao lado do fogão, um copo emborcado.
Pareceu-me um sacrilégio que nós, estranhos, pudéssemos devassar a intimidade de alguém que havia partido.
Essa visita fez-me pensar na inutilidade de acumularmos coisas e coisas, que de repente deixamos para trás e não têm valor para quem cá fica.
Faz-me lembrar o homem da parábola de Jesus, que construiu e armazenou e se dispôs a gozar a merecida reforma, a quem Deus disse:
"Louco! Esta noite vais morrer; e para quem fica tudo isso?"
2 comentários:
Sinto do teu leve sopro a certeza do meu amar...)*
Pois... se eu morrese agora e vcs viessem cá armados em espertos tinham a louça para lavar... hehehe...
(o reverso da medalha) :)
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