Esta história verídica foi-me contada recentemente pela mãe de uma aluna adolescente.
A J. andou várias semanas a queixar-se de dores de barriga, nas aulas e fora das aulas, até ao ponto de a mãe se resolver a levá-la ao hospital. Um antibiótico depois, a rapariga cada vez pior. Outro hospital, outro antibiótico. Continuação das dores. Ainda outro hospital e outro antibiótico. Mais dores. Até que, num dia de desespero em que a rapariga quase se ficava nos braços da mãe, de volta ao primeiro hospital, ficou internada. Veredicto: grave infecção nas trompas. De imediato para a cirurgia.
No dia seguinte, é o próprio cirurgião que vai falar com a J., contando-lhe que tinha as trompas tão infectadas que teve que lhas tirar, aos 16 anos. Que não vai poder ter filhos de modo natural, terá mais tarde que fazer inseminação, mas o que importa é recuperar, etc. Choque e lágrimas da parte da J,. tão novinha para se deparar com esta possibilidade.
Vai para casa, voltam as dores. Mais dores e mais dores. Volta ao hospital. A infecção permanecia, na zona operada. Mais antibióticos, nada. Fica de novo internada, sujeita a medicação mais violenta. Começa a melhorar lentamente.
Aí, uma outra médica vem explicar-lhe a sua situação: que não, não lhe tiraram nada as trompas, que foram limpas, mas ainda lá estão. Está tudo bem agora.
A J. voltou às aulas, está de saúde, que é o que interessa, o susto esquecido.
Tem as trompas intactas ou não? Quem sabe? Um hospital público português, pois então!
6 comentários:
Ahhhh que loucura!!!
Estou toda arrepiada...!
Onde será que já vi este cenário exctamente com a mesma operação!
Bjs gds
Macabro...
às vezes pergunto-me se àlguma vez teremos saído do terceiro mundo
Sem qualquer intuito de comédia, este caso só me leva a questionar se as trompas que o 1º médico referiu eram as de Falópio ou as de Eustáquio ....
A miúda não passou a ter dores de ouvidos ?
António
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