23.6.10
Obras
No centro da cidade, estão a destruir quase um quarteirão de casas antigas, talvez para as substituir por algum edifício alto super-moderno. Como sempre, a zona fica cheia dos inevitáveis espectadores, homens, lançando conjecturas sobre o futuro da obra. Quanto a mim, não posso evitar um olhar nostálgico àqueles restos de paredes ainda em pé, tintas variadas denunciando o que sobrou de vários quartos e salas, restos de mobília partida, pedaços de cortinas pendentes, marquises construídas a arranjar mais um espacito para as vidas de tanta gente que terá vivido, sonhado, morrido nestas casas. Como se um pedaço das suas vidas estivesse ali exposto a olhares estranhos e atrevidos.
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4 comentários:
Desde que os ex-moradores tenham presentemente moradias condignas, tudo bem. Já era uma vergonha olharmos para aqueles casebres antigos, sem ninguém, no centro da cidade!... Aliás, também tenho saudades das nossas antigas moradas na Amadora e Guimarães e que só através de fotos as podemos recordar... Mas tudo tem o seu tempo.
A de Guimarães ainda lá está, modificada, é certo, mas está!
Não, não é a mesma coisa. A nossa casa de Guimarães foi substituída por um prédio completamente diferente. Irreconhecível, diria eu!
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