Domesticando os alunos, que este ano me são todos desconhecidos. Decorando os nomes, tentando fazê-los deixar de passar as aulas a falar alto, bem alto, uns com os outros; impedindo que os rapazes se metam com as raparigas e elas os tratem abaixo de cão; tentando evitar confrontos e ameaças. Respondendo à letra aos engraçadinhos.
Tempos difíceis estes. Uma vez mais ou menos domesticados, podemos então passar a tentar ensinar-lhes qualquer coisita.
3 comentários:
Como professora de história, num país onde o antigo tem pouco valor, passo praticamente todo o ano letivo convivendo com esses problemas e mais a dificuldade de convencÊ-los a dar importância devida a nossa história. Aqui no Brasil, nos últimos anos, as moças é que acabam dando trabalho por passar o tempo investindo cantadas nos rapazes. Ah! Aqui rapariga é sinônimo de prostituta. kkkkkk É causa até de desentendimentos ...
Lembro-me de quando participei de um seminário na universidade de São Paulo e uma professora portuguesa proferiu uma palestra sobre a Inquisição em Portugal. No final, abriu-se espaço para o debate e um rapaz de blusa amarela levantou a mão para ter a vez de fazer a sua pergunta. A professora então, dirigiu-lhe a palavra dizendo:
- O rapaz de camisola amarela!
Ele ficou mudo e o auditório caiu na risada. A professora ficou com a pele rosada e aos poucos desfez-se o mal entendido.
Coisas da língua portuguesa ...
Também estou na fase de domesticação.Não vai ser fácil, os sextos anos estão piores que nunca, com alunos de 16 anos, malcriados e insolentes.
A parte pior nisto tudo é que ainda mal comecei!
boa sorte
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