6.10.07

Encontrei a A. à porta da Escola Básica 2+3 que fica junto à minha. Esperava pelo filho R., nos seus primeiros dias de 5º ano. Estava tensa, a A., preocupada com a adaptação do filho a um novo ambiente, uma escola cheia de 'grandes', muitos professores, uma confusão depois da segurança da escola 'primária'.
Contei-lhe o que eu também sofri, há muitos anos, quando a minha filha mais velha deixou a segurança do sistema casa-carrinha-colégio-carrinha-casa, para entrar nesta mesma escola, fazer sozinha o caminho, ter chave para entrar em casa e ainda, alguns dias, ter que ir buscar os irmãos ao colégio e aguentá-los em casa até nós chegarmos.
Contei à A. que a insegurança era muito mais minha que da minha filha, que se adaptou lindamente às novas responsabilidades.
Eu mantenho na minha mente esse período da minha ansiedade. Tenho a certeza que a minha filha só relembra coisas boas!
Desejo muito que seja o caso da A. e do R.

1 comentário:

Rute CS disse...

Apesar da novidade de fazer o caminho a pé, não me lembro de qualquer medo. Ao início sei que fiquei contente por fazer o caminho com a Gabriela e a avó dela, que inicialmente nos acompanhava a maior parte das vezes. Mas depois já achávamos que éramos suficientemente grandes para irmos para a escola sozinhas e que ela era uma chata.
Hoje dou graças a Deus por esse tempo. Foi o ter assumido essas responsabilidades com 9/10 anos que me deu estofo para muito mais, mais tarde. E acho que me posso dar como exemplo. Ficar em casa sozinha, tomar conta de dois irmãos que tantas vezes se pegavam um com o outro, ter de pôr ordem nos dois e aguentar quando o ralhete dado a um rapidamente fazia saltar o outro em defesa do primeiro, pôr a mesa e fazer pequenas compras na mercearia talvez hoje possa parecer demais para uma criança tão nova, mas foi muito bom! Pelo menos não fiquei atadinha nem dependente dos papás como me parece que virão a ser muitos adolescentes de hoje.