21.2.14

Ucrânia!

Estas mais recentes imagens da Ucrânia deixam-me o coração pequenino. É que nós, pessoal da Igreja Baptista de Queluz, amamos os ucranianos! De facto, há uma Igreja Baptista Ucraniana que convive connosco nas nossas instalações.
A coisa começou há muitos anos com um jovem ucraniano que apareceu na nossa igreja. Não falava português, não falava inglês, nem alemão, nem francês. Um irmão nosso angolano arranhava russo. Entendemo-nos.
Uma família da nossa igreja arranjou-lhe casa e, muitas vezes, alimentação.
Agora, era necessário que ele aprendesse português. Ele e mais alguns e algumas que entretanto se lhe tinham juntado. Formou-se então uma turminha na igreja e um grupo de professores, ao qual me orgulhei de pertencer. Durante uns largos meses eles aprenderam. Nós também: a conhecê-los, a estimá-los e até algumas palavritas de ucraniano...
Muitos desse grupo original já regressaram à sua terra. E é também por eles e pelas famílias de todos a minha preocupação. Que Deus os guarde e traga a paz a esta terra bem depressa.

15.2.14

Eric Barker



 Tive o prazer de conhecer este homem já nos últimos anos da sua vida. Eric Barker foi um dos pioneiros da evangelização no nosso país, à qual dedicou toda a sua vida. Com os devidos respeitos, transcrevo aqui o artigo sobre ele publicado pela minha amiga Mimi no seu blog "maria-elevive.blogspot.com".

"Para mim é uma honra ter conhecido e privado com grandes servos de Deus que, vivendo em condições sociais, políticas e religiosas bem diferentes das actuais, nunca deixaram de lutar pela divulgação do evangelho.
Hoje venho cumprir uma promessa que aqui fiz (20.10.12) e falar de Eric Barker.

Nascido num lar cristão, em Inglaterra, a 23 de Janeiro de 1899, entregou a sua vida a Cristo quando tinha 7 anos de idade.
A partir daí, apesar de ainda criança, fez da oração a sua arma. Este foi o homem que, com uma doçura incomparável, se dirigia a Deus com o seu belo sotaque inglês: “Aba, Pai, meu Paizinho querido”.

Desde a adolescência colaborou activamente na igreja, a nível da Escola Dominical e na realização de cultos ao ar livre, mas foi aos 21 anos, depois de ter servido na marinha durante a I Guerra Mundial, que decidiu dedicar a sua vida à obra do Senhor.
Entretanto, sentindo-se atraído pelo campo missionário, veio para Portugal, por influência do testemunho de seu pai que tinha estado no nosso país e conhecia as carências espirituais aqui existentes.

Uma vez em Portugal, teve contacto com outros dedicados obreiros ingleses a residir no nosso país, aprendeu português com José Ilídio Freire (Igreja das Amoreiras - Lisboa) e ao fim de três meses já pregava na nossa língua. Foi nessa altura que rumou ao norte, para a zona de Ílhavo, onde já havia alguns crentes e começou a fazer cultos nas casas e ao ar livre.
Aos 24 anos, depois de ter alargado a sua acção a outras localidades do distrito de Aveiro, fixou ali residência e deslocou-se a Inglaterra para casar.

Numa altura em que Portugal vivia no obscurantismo espiritual e havia perseguição religiosa, Eric Barker foi um dos bravos que nada temeram, mesmo perseguido, insultado e apedrejado, continuou fiel ao seu Deus. Com uma carroça puxada por uma mula (oferta de alguns crentes da zona sul), percorreu vários lugares do país para distribuir folhetos, vender Bíblias, pregar o Evangelho e cantar hinos tocando ao som do seu bandolim.
Com todos os obstáculos, o trabalho ia dando frutos, almas rendiam-se aos pés de Cristo e formavam-se  comunidades de culto.

Entretanto, teve de arranjar um trabalho secular (contabilista) para sustentar a família que estava a aumentar (chegou a ter oito filhos), mas nunca deixou o serviço para que Deus o chamara. Em 1935 fixou residência na Foz do Douro e adaptou o piso inferior da casa a salão de cultos.
Em 1941, no apogeu da II Guerra Mundial, aceitou a sugestão do consulado britânico e embarcou toda a sua família (mulher, filhos e outros parentes) com destino a Inglaterra. Porém, o barco foi torpedeado por um submarino alemão e afundou-se. Toda a família sucumbiu.
Eric Barker recebeu a notícia a um Domingo… quando chegou a hora do culto foi para a igreja, pregou e, serenamente, participou: “Todos os meus queridos já chegaram ao lar Celestial!”

Sem se deixar afundar na tristeza das perdas, sem medo da repressão político-religiosa, sem temer as dificuldades sociais provenientes da guerra, manteve-se firme, dedicando todo o seu tempo à defesa do Evangelho e à salvação de almas. Toda a zona de Coimbra, Aveiro e Porto, foi alvo preferencial da sua acção e muitas das igrejas existentes tiveram a sua influência.

Em 1946 Eric Barker casou em segundas núpcias com a jovem Beryl (18 anos mais nova) e Deus deu-lhe mais cinco filhos. Juntos prosseguiram na realização da obra, dando formação, pregando e dirigindo vários trabalhos de consolidação do ministério.

Foi, juntamente com outros crentes de todo o país, um dos grandes impulsionadores da Convenção Beira-Vouga, onde algumas vezes o ouvi pregar.
Também, até à minha juventude, o ouvi e mantive contacto, sempre que se deslocava ao sul.

Era uma inspiração!

O meio evangélico português muito deve a este servo de Deus, gratidão que se estende a vários outros missionários ingleses que trouxeram a Palavra de Deus até nós no princípio do século passado.

Erick Barker morreu a 09 de Julho de 1989."

“E o seu Senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor.” – Mateus 25:21

6.2.14

Praxes

Na época em que frequentei a Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, entre os últimos anos da década de 60 e os primeiros da de 70, as praxes eram um resquício do passado que tinha permanecido em Coimbra, mas que, à época, estava completamente fora de moda.
Nesse tempo, a maioria do pessoal na Universidade de Lisboa em geral e na Faculdade de Letras em particular ocupa-se e muito das lutas políticas, pela liberdade de reunião de estudantes, contra a Pide, contra os 'gorilas' que infestavam as RGAs na Faculdade ou na Cantina. Eu própria, que não me metia em confusões, assisti pelo menos uma vez, do alto da Biblioteca, à invasão da polícia da nossa Faculdade.
Praxes? Ridículo pensamento...
Claro que após os anos vivos do pós-25 de Abril a massa estudantil teve que arranjar uma forma de se divertir e inventou as praxes.
Dizem que servem para integrar os novos alunos. Acredito que sim, em parte. No meu tempo, de facto, ninguém se preocupou em me mostar a Faculdade, a Reitoria, a Cantina. Mas lá fui dando com a coisa.
Acredito que será a opinião pública que tão ocupada tem estado com este assunto que virá a arrefecer os ânimos mais assanhados no próximo ano lectivo e que, finalmente, cada aluno poderá decidir livremente se quer entrar no rebanho das praxes ou ficar na sua.
Na minha época também não havia bênçãos de pastas, nem Queima de Fitas, nem nada disso. Era-se muito mais livre e penso que não se bebia tanto como hoje, a desgraça das festas estudantis.

4.2.14

Parabéns, Luísa!

A nossa netinha Luísa completa hoje 2 anos! Podem ver como ela gosta da mousse de chocolate do avô... Deus te acompanhe pela vida fora, Luisinha, te proteja e seja o teu grande Amigo!