2.7.10

Nos Meios de Transporte

Devo começar por dizer que gosto muito de andar nos meios de transporte públicos, de ver a paisagem exterior e a paisagem humana interior. E o que às vezes se vê...
No entanto, agora é raro fazer esse tipo de viagens, já que trabalho a 10 minutos de casa (a pé). Mas há dias, aconteceu andar de comboio e de metro. Interessante que em ambos os transportes tive a oportunidade de entre-ouvir conversas que rapidamente identifiquei de origem 'evangélica'. Quem o é, sabe ao que me refiro, tipo: "Deus vai-te abençoar". "Estou a orar por ti"."Pregação poderosa". Em ambos os casos, os autores das conversas eram brasileiros.
E eu tive que me penitenciar: nós, portugueses, raramente temos este tipo de conversas nos meios de transporte. Falo de mim em primeiro lugar. E fico com pena.

4 comentários:

nando & milú disse...

Nunca é tarde para iniciar qualquer coisa... Se for boa, ainda melhor!

Maria disse...

Concordo, mas...
Prudência, para que não se banalizem os termos, nem se desvirtuem os propósitos em prol do espectáculo.
Opinião!

Dulce disse...

Por acaso algums dessa linguagem incomoda-me. Parece-me esquisita e pouco sentida. Parece-me uma gíria evangélica.

Atenção: não quer dizer que seja. Parece-me, apenas. E não são todas as expressões, só algumas.
Coisas de quem cresceu na Igreja católica, que não é melhor que a evangélica. Em alguns aspectos sou pouco católica, gosto mais da perspectiva evangélica das coisas. Por isso mesmo, porque centrada no evangelho, sem recurso a santos e sem a adoração a Maria.
Mas os cultos evangélicos, que em tempos já frequentei, incomodam-me pela linguagem (ex: és uma benção; refrigério para a minha alma...) e pelo barulho. Sobretudo pelo barulho.
E depois porque não gostava que o pastor e todos os crentes fizessem questão de saber quem eu era e de me integrarem. Aqui em Aveiro tb há uma igreja em que eu às vezes vou à missa, e no final, o padre vem para a rua cumprimentar as pessoas. Eu passo sempre ao largo. Não gosto. Sei que parece estranho, mas não gosto.

Avozinha disse...

Dulce: pode ser, de facto, apenas gíria, o que lhe tira o valor. Quem sabe o que é verdadeiramente sentido? Nas igrejas evangélicas há habitualmente um desejo de acolher as pessoas e é claro que nem toda a gente gosta. Nem eu, nesse papel... Mas uma igreja evangélica portuguesa tradicional é apenas um grupinho de gente, uma família, que tem que abraçar cada visita... Não leves a mal!