
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                             I 
Na mão de Deus, na sua mão direita,
 Descansou afinal meu coração.
 Do palácio encantado da Ilusão.
 Desci a passo e passo a escada estreita.
 II
 Como as flores mortais, com que se enfeitam
 A ignorância infantil, despojo vão,
 Depus do Ideal e da Paixão
 A forma transitória e imperfeita.
 III
 Como criança, em lôbrega jornada,
 Que a mãe leva ao colo agasalhada
 E atravessa, sorrindo vagamente,
 IV
 Selvas, mares, areias do deserto...
 Dorme o teu sono, coração liberto,
 Dorme na mão de Deus eternamente!
 Antero de Quental
4 comentários:
Muito, muito belo !!! Obrigada... é só o que posso dizer. Depois de um dia menos bom, não imagina o que senti quando vi a sua mensagem. Obrigada
Dá-me autorização para copiar e publicar???
Claro, Avó Babada! O poema não é meu, é do Antero! De uma avó babada para outra!
Muito obrigada. Não resisti, copiei e coloquei no facebook.
Um bom dia, cheio de bençãos do Pai.
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