Temos vindo a passar uns dias cada semana em casa da nossa filha Sara, mãe destas duas meninas, enquanto o nosso genro está fora. Para a Júlia, 2 anos, eu sou a "Xixa"...
Com a Joana, 5 anos, entretivémo-nos a jogar dominó à séria: é que a Joana aprendeu rapidamente o suficiente para ganhar várias partidas!
30.4.11
26.4.11
Maria
A minha primeira neta Maria, 6 anos ainda, já sabe ler. Há dias, pegou pela primeira vez num livro de banda desenhada cá em casa e pediu-me que lho lesse. Disse-lhe: "Maria, já sabes ler, lê tu!"
Sentou-se com o livro na mão a decifrar os balões. Quando, passado um bocado, a vi rir alto, percebi que a Maria já tinha sido conquistada pela BD!
Sentou-se com o livro na mão a decifrar os balões. Quando, passado um bocado, a vi rir alto, percebi que a Maria já tinha sido conquistada pela BD!
25.4.11
25 de Abril
Ao contrário de Otelo Saraiva de Carvalho, considero que valeu bem a pena que eles tenham feito o 25 de Abril. É que eu era já adulta, professora e mãe, quando a coisa ocorreu e sei bem qual foi a diferença.
Em tempos de crise como a que atravessamos é que é mais importante distinguir o essencial do acessório. Se é que o bem-estar económico se pode considerar acessório.
24.4.11
22.4.11
"De Lança Na Mão"
de Ruth Bell Graham
Curar um ódio
exige graça
que não há. Há
a mágoa que se agita
e amargura
- e negro desespero.
Não há amor. Não há graça.
Não há o poder de escolher.
Ouço um silêncio.
Então
sinto a Sua face.
Os Seus olhos perscrutadores
agarram-se aos meus
e não me soltam.
Através de lágrimas quentes
vi e compreendi:
Ele pendia alto da cruz
e eu estava de lança na mão
de onde pingava sangue
capacete na cabeça.
Vi-O morrer;
mas mesmo antes, Ele disse:
“Perdoa-lhes pois
eles não sabem
o que fazem”...
Então morreu.
Lentamente, ergui a cabeça:
as núvens estavam desorganizadas
o céu claro
o sol quente
nada tinha mudado:
A dor ainda estava lá
só que
o ódio tinha desaparecido.
21.4.11
18.4.11
17.4.11
11.4.11
A Crise e o Futuro
Este texto foi escrito no pós II Guerra Mundial pela escritora inglesa Dorothy Sayers no seu ensaio "Why Work". Parece estranhamente um retrato fiel da nossa sociedade, de que talvez tenhamos que nos vir a despedir num futuro próximo...
"Lembram-se – já vai sendo difícil recordar – de como as coisas eram antes da guerra? As meias baratas que comprávamos e deitávamos fora para poupar o trabalho do conserto? Os carros de que nos desfazíamos todos os anos para andarmos na última moda de design do motor e de desenho aerodinâmico? O pão e ossos e pedaços de gordura que enchiam os caixotes do lixo – não só dos ricos, também dos pobres? As garrafas vazias que até o homem do lixo se recusava a levar, porque os fabricantes achavam mais barato fazer novas que lavar as velhas? As montanhas de latas vazias que ninguém achava que valesse a pena aproveitar, enferrujando e cheirando mal nos monturos de lixo? A comida que era queimada ou enterrada, porque não compensava distribuí-la? A terra sufocada e empobrecida com cardos, porque não compensava pagar para cultivá-la? Os lenços de tecido usados para trapos de pintura e pegas de cafeteira? As luzes eléctricas deixadas acesas, porque dava muito trabalho apagá-las? As ervilhas frescas que deixávamos de debulhar e trocávamos por qualquer coisa em lata? O papel que obstruía as prateleiras, jazia nos parques pelo joelho e enchia os assentos dos comboios? Os ganchos de cabelo espalhados e louça em cacos, os pequenos enfeites de aço, madeira, borracha, vidro e lata que comprámos, para preencher meia hora livre na loja da moda e que logo esquecemos? Os anúncios implorando, exortando, lisonjeando, ameaçando e obrigando a saciar-nos com coisas que não queríamos, em nome da mania das grandezas, da ociosidade e do “sex appeal”? E a feroz escalada internacional para encontrar em nações indefesas e atrasadas um mercado onde podíamos despejar todo o lixo supérfluo que as máquinas inexoráveis produziam hora a hora, para criar dinheiro e emprego?"
"Lembram-se – já vai sendo difícil recordar – de como as coisas eram antes da guerra? As meias baratas que comprávamos e deitávamos fora para poupar o trabalho do conserto? Os carros de que nos desfazíamos todos os anos para andarmos na última moda de design do motor e de desenho aerodinâmico? O pão e ossos e pedaços de gordura que enchiam os caixotes do lixo – não só dos ricos, também dos pobres? As garrafas vazias que até o homem do lixo se recusava a levar, porque os fabricantes achavam mais barato fazer novas que lavar as velhas? As montanhas de latas vazias que ninguém achava que valesse a pena aproveitar, enferrujando e cheirando mal nos monturos de lixo? A comida que era queimada ou enterrada, porque não compensava distribuí-la? A terra sufocada e empobrecida com cardos, porque não compensava pagar para cultivá-la? Os lenços de tecido usados para trapos de pintura e pegas de cafeteira? As luzes eléctricas deixadas acesas, porque dava muito trabalho apagá-las? As ervilhas frescas que deixávamos de debulhar e trocávamos por qualquer coisa em lata? O papel que obstruía as prateleiras, jazia nos parques pelo joelho e enchia os assentos dos comboios? Os ganchos de cabelo espalhados e louça em cacos, os pequenos enfeites de aço, madeira, borracha, vidro e lata que comprámos, para preencher meia hora livre na loja da moda e que logo esquecemos? Os anúncios implorando, exortando, lisonjeando, ameaçando e obrigando a saciar-nos com coisas que não queríamos, em nome da mania das grandezas, da ociosidade e do “sex appeal”? E a feroz escalada internacional para encontrar em nações indefesas e atrasadas um mercado onde podíamos despejar todo o lixo supérfluo que as máquinas inexoráveis produziam hora a hora, para criar dinheiro e emprego?"
10.4.11
Política
Há muito tempo que nem tenho coragem para aqui incluir uns 'bitaites' sobre este assunto tão lamentável nos tempos que correm no nosso desgraçado país.
Eu, que durante anos votei PS, espanto-me com as pantomimas e as pantominas de Matosinhos.
Como é possível descer tão baixo? E não haver ninguém que se erga e mude o rumo das coisas?
Não é que tenha muita fé nos "outros", mas sem dúvida que escolherei um deles a 5 de Junho!
Eu, que durante anos votei PS, espanto-me com as pantomimas e as pantominas de Matosinhos.
Como é possível descer tão baixo? E não haver ninguém que se erga e mude o rumo das coisas?
Não é que tenha muita fé nos "outros", mas sem dúvida que escolherei um deles a 5 de Junho!
7.4.11
6 anos de blogue!
É inevitável comparar o mundo dos blogues de há 6 anos atrás com o de hoje. Se se tornou mais acessível esta possibilidade de manter um 'diário' electrónico, também a moda esfriou um pouco, devido, penso eu, à enorme expansão do Facebook, mais simples, menos ambicioso, mais imediato. Eu própria também não tenho vindo aqui com tanta assiduidade e, tristeza maior, quase não me deixam comentários!
Apesar de tudo, viva o blogue!
6.4.11
5.4.11
4.4.11
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