Afastem-se, que vêm aí as Nicolinas!

Downton Abbey em Guimarães

Só ontem vi o episódio de "Downton Abbey" em que Sybil morre de eclâmpsia no parto.
Fez-me lembrar de um acontecimento que vivi em miúda, andava eu no 3º ano, creio (hoje 7º), quando uma professora do Liceu de Guimarães, onde eu andava, morreu de parto. Dizia-se que "o parto lhe subiu à cabeça", o que até hoje não sei o que significa.
Acontece que a pobre senhora tinha sido deixada pelo marido (como se dizia) pouco antes do bebé nascer e tinha voltado para casa dos pais. No dia em que o bebé nasceu e ela morreu, o marido, também ele professor do liceu, não sabia de nada. Terão sido umas alunas um pouco mais velhas que eu que o avisaram, quando ele entrou na aula surpreendido por ver toda a gente a chorar. Segunda elas depois contaram a toda a escola, o homem pousou a cabeça nos braços em cima da secretária e chorou o seu arrependimento.
Naquele dia ninguém conseguiu dar aulas naquele liceu.
À tarde, eu inclui-me num grupo de colegas e fomos ver a morta a casa dos pais dela: estava deitada numa cama, vestida de noiva, enquanto se ouvia o bebé chorar ao longe.
Nunca mais esqueci esta tragédia.

Guimarães

Costuma-se dizer que Guimarães tem duas caras, como esta estátua da Praça da Oliveira documenta. Não se sabe ao certo a que se referem essas vozes, umas que à batalha de Ceuta em que uma parte dos vimaranenses lutou esforçadamente e outra fugiu, outras que a outras batalhas que incluem os vizinhos de Barcelos.
Quererá dizer que os vimaranenses, ou pelo menos alguns..., não são gente de palavra? Talvez sim, talvez não.
A minha família mudou-se de Viseu para lá em 1958, estava eu a completar os 10 anos. Foi quase como mudar para um outro país. Não só a moeda era diferente, tudo se contava às 'croas', como o vocabulário e a forma de estar na vida eram completa novidade para os meus pais. Nós filhos adaptámo-nos rapidamente. Era de facto uma gente muito alegre, no verão havia festa em cada canto que circundava a cidade. Muito orgulhosos, e com justiça, da sua bela cidade. Muito fechados às novidades, uma das quais éramos por exemplo nós, os protestantes. E muito difíceis de cumprir em compromissos como prazos de entrega de qualquer coisa, nem que fosse do conserto de uns sapatos. Isso exasperava os meus pais.
Nada disso obstou a que ainda hoje a cidade de Guimarães seja para mim uma das "minhas terras". Voltar lá é sempre matar um mar de saudades.

Parabéns, filha!

Nasceste à meia noite e meia. Mal tive tempo de te ver, vestidinha no 'babygrow' vermelho e branco que te tinham comprado os teus avós maternos, que servia para menino ou menina. Não havia ainda ecografias a decifrar o sexo dos bebés com antecedência. Nasceste e levaram-te logo para o berçário. Tempos cruéis aqueles, para as mamãs e os bebés! Pouco dormi toda a noite, sempre a ouvir-te chorar ao longe. Disseram-me de manhã que não, que dormiste a noite toda. Provavelmente diziam isso a todas...
De manhã trouxeram-te na caminha da clínica. Dormias serenamente e fiquei então a observar aquele ser desconhecido que me habitava há tantos meses: o cabelito castanho claro, a covinha da minha irmã na face direita, as mãozinhas perfeitas. Eras linda. Já passaram 40 anos!
Deus te abençoe hoje de forma especial!

Parabéns, Joaquim!

O Joaquim teve pressa de nascer e veio festejar logo a seguir à mana. Faz hoje 5 anos! Também ele não precisa das rodinhas para nada! É um rapaz muito simpático e querido. Deus te dê muita saúde e alegria numa vida para Ele, Joaquim!

Parabéns, Marta!

A nossa netinha Marta faz hoje 6 anos! Está muito grande e desenvolta e nem precisa das rodinhas na bicicleta (que estão lá por causa dos primos mais novinhos...)
Deus te abençoe, Martinha e te dê uma vida feliz no Seu caminho!

Bebé Emanuel

O bebé chama-se Emanuel, que é um nome muito apropriado para quem nasce próximo do Natal. Significa "Deus connosco". O bebé nasceu com um problema de saúde e fica com as mãozinhas frias. Ao saber disto, fui ao Google (que sabe tudo...) e encontrei como fazer estas luvinhas para o bebé Emanuel.

Pôr-do-sol esta semana

"Os Céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mãos" (Salmo 19:1).

Outono

Andar na estrada nesta altura do ano proporciona-nos incríveis visões do céu.

(Do Facebook)

Numa casa onde há quase sempre um rádio ou um canal de televisão ligados, como eu aprecio isto!

Velho ou novo?

O meu velhinho descascador acompanhou-me durante anos, talvez décadas, para onde quer que eu fosse que tivesse de cozinhar, fosse em casa de familiares ou amigos, acampamentos, campismo ou apartamentos de férias. Serviu-me fielmente e não havia outro que se lhe igualasse. Mas um gesto mais brusco ditou o seu fim. E lá teve que entrar em funções o novo descascador, que não é nada como o velhinho! Ai que desamparo!

Gosto muito do outono.

Aqui está o centro de mesa que fiz com folhas e frutos da mata, uma abóbora e castanhas.

A pedido de uma leitora...

"No dia 31 de outubro é comemorado por evangélicos de todo o mundo o Dia da Reforma Protestante. Em 1517, um dia antes da festa católica de “Todos os Santos”, o monge agostiniano Martinho Lutero pregou publicamente suas 95 teses (veja abaixo), na porta da Catedral de Wittenberg, na Alemanha. Seu apelo era por uma mudança nas práticas da Igreja Católica, por isso o nome “Reforma”.

A iniciativa teve consequências por toda a Europa, dividiu reinos, gerou protestos e mortes. E mudou para sempre a Igreja. Para alguns, Lutero destruiu a unidade do que era considerada a igreja, era um monge renegado que desejava apenas destruir os fundamentos da vida monástica. Para outros, é um grande herói, que restaurou a pregação do evangelho puro de Jesus e da Bíblia, o reformador de uma igreja corrupta.

O fato é que ele mudou o curso da história ao desafiar o poder do papado e do império, e possibilitou que o povo tivesse acesso à Bíblia em sua própria língua. A principal doutrina de Lutero era contra o pagamento de penitências e indulgências aos líderes religiosos. Ele enfatizava que a salvação é pela graça, não por obras.

Conta-se que muita coisa mudou dentro daquele monge até então submisso ao papa quando, em 1515, Lutero começou a dar palestras sobre a Epístola aos Romanos. Ao estudar as Escrituras se deparou com o primeiro capítulo de Romanos, que decretava “o justo viverá pela fé”. Desvendava-se diante dele o que é conhecida como “justificação pela fé”, ou seja, a justificação do pecador diante de Deus não é por um esforço pessoal, mas sim um presente dado àqueles que acreditam na obra de Cristo na cruz."

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