Durante semanas procurei-a por todo o lado. "Agora não há". "Talvez para a semana". "No fim do mês". Este tipo de discurso das farmácias transformou-se rapidamente em: "Não há nem para os nossos clientes". "Não há nem haverá mais".
Tive que ir ao lugar que evitava desde o início: o Centro de Saúde. Dois dias por semana, duas horas na manhã. O avôzinho sacrificou-se e foi andando às 6 e meia da manhã, para assegurar duas senhas.
Chegada a minha vez, levo facilmente a dita vacina e no final o enfermeiro pergunta-me a idade. "65 dentro de dias", respondo. Ele: "Ainda bem". Eu: "Mas eu não preciso dela pela idade, mais por sofrer de uma doença crónica." Ele: "Ah, mas estas vacinas do Centro de Saúde são só para pessoas a partir dos 65 anos de idade!"
Se eu estivesse mais longe de completar essa idade, é de depreender que o enfermeiro me ia arrancar a vacina do braço...
Não havendo vacinas nas farmácias e não podendo levá-las nas Centros de Saúde, como farão aqueles cidadãos mais novos que sofrem de doenças crónicas?
E o Ministro da Saúde não diz nada?
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