Da educação

Aproveito este 'boneco' do DN de ontem para comentar o debate da RTP sobre a violência nas escolas. O meu aplauso para a professora Fátima Bonifácio, que, sendo professora universitária, não vive nestes ambientes, mas que tão bem os caracterizou.
Só um reparo: as situações mostradas não são tão raras como se quis fazer crer.
É preciso devolver a dignidade aos professores. É preciso que a sociedade acorde para a gravíssima permissividade com que estamos a educar as nosas crianças, que permite que um miúdo frequente, por exemplo, a escola o ano inteiro sem levar o material essencial e logo sem entender nada do que se anda a tratar, que falte desalmadamente sem que nada lhe aconteça, que tenha 'negas' a uma série de disciplinas e chegue ao fim do ano e passe.

Palmatoadas

"completa-se cem anos"
Notícias Sábado de 16/5/06, "Trivialidades" pág. 8

Sempre a educação

A Oprah voltou-se agora para as escolas americanas e para a quantidade enorme de alunos que as abandona por falta de ambição.
Não posso deixar de ver o enorme paralelismo com as nossas escolas.
Aliada a Bill Gates e outros famosos, a Oprah aponta experiências em que se mostra que é possível fazer diferente, com base em tónicas como a exigência, o interesse pessoal pelos alunos, o apoio incondicional dos professores, o envolvimento dos pais. Num caso, um director de uma escola foi até ao ponto de retirar de casa de uma aluna o único aparelho de TV, porque a mãe não conseguia tirar a filha da frente dele, em vez de fazer os TPCs!
Também precisamos de levar a educação mais a sério como país.

Li bem?

Afinal, o Ministério de Educação vai implementar uma avaliação dos profs baseada na opinião dos pais e no sucesso dos seus alunos.
É fácil! Passamo-los todos e matamos dois coelhos com uma cajadada só: obtemos 100% de sucesso e os pais vão adorar-nos.
Não nos peçam é contas da iliteracia do país daqui por 10 anos!

Terei ouvido bem?

"Os professores vão ser avaliados pelos pais dos alunos."

Pátria, onde estás?

Parece que a pedido de um vendedor de bandeiras que aproveitou bem o seu minuto de fama da TV, eis as bandeiras a invadir toda a janela, varanda e recanto do país, a embrulhar as cabeças das criancinhas e as barrigas das meninas mais atrevidas.
Não era suposto haver mais respeito pela bandeira, que é o símbolo da Pátria? Está entregue o patriotismo meramente ao desporto! Com as armas e os castelos já não queremos nada, que somos todos pacifistas. Os heróis, esses, passaram a ser apenas os nomes das ruas onde moramos.

Dia da Criança Desaparecida

"Com lágrimas se consumiram os meus olhos, turbada está a minha alma, e o meu coração se derramou de angústia por causa da calamidade da filha do meu povo; pois desfalecem os meninos e as crianças de peito pelas ruas da cidade."
Lamentações de Jeremias 2:11

Onde estão o António, a Beatriz, o Carlos, a Dália, o Eduardo, a Felícia, o Guilherme, a Hélia, o Ilídio, a Júlia, o Leonel, a Maria, o Nelson, a Odete, o Pedro, a Quitéria, o Rodrigo, a Sílvia, o Tito, a Úrsula, o Vítor, a Xana, o Zeca?

Happy Slapping

Fui alertada hoje para esta moda que parece fazer furor nas escolas britânicas e que já chegou a Portugal: um miúdo chega junto de um professor (ou de outro adulto na rua) e dá-lhe um estalo, enquanto outro filma tudo com o telemóvel. Por fim, enviam e reenviam o filme uns para os outros para se divertirem.
Bem, parece que nas nossas escolas já só faltava isto!

Mamografia

Fui ontem fazer uma mamografia num hospital de Lisboa. Depois dessa parte propriamente dita, sou enviada a esperar (como é habitual), não para uma habitual sala de espera, mas para uma sala de trabalho e depois transferida para outra. Por fim, chamam-me a um gabinete onde nunca tinha ido antes - e faço mamografias há quase 10 anos naquele hospital... Uma médica de cabelos vermelho-fogo vê os exames num ecran grande iluminado, onde um letreiro diz: AVARIADO. (Que não está, obviamente!).
Médica: Dona E.? Mas onde é que andam as senhoras anteriores? Ainda falta muito para as donas E.s!
Eu: Chamaram-me a mim...
Médica: Onde é que estão as suas mamas?
Eu: Como?
(Ela queria dizer as imagens antigas, que tinham desaparecido parcialmente de um pacote).
Médica: Só tem uma mama?
Eu: Não, tenho duas!
Médica: Mas o que está ainda aqui a fazer? Menina B., leve esta senhora para a Eco!

... (Na Ecografia fico deitada, despida da cintura para cima, à espera, enquanto a mesma médica fala ao telemóvel com meio hospital) ...

Médica: Ah aqui está o seu quisto!
Eu (ansiosa): Como está ele?
Médica: Manda muitos cumprimentos!
Médica: Foi esta a mama operada?
Eu: Não, nunca fui operada!
Médica: Então o que está aqui a fazer?
Eu (timidamente): Rotina!
Médica: Menina B., mande-me fotografar isto!
Eu (receosamente): Tenho que ir com a menina?
Médica: Não! Não é nada consigo!

(suspiro, visto-me e saio o mais rápido que posso)

Felicidade é...

ouvir o riso da minha netinha J. (dez meses) ao ouvir a minha voz.

Missões

Antigamente era fácil fazer missões: enviávamos missionários para África, dávamos dinheiro e eles traziam fotografias, relatos de aventuras emocionantes, de vez em quando um autóctone para vermos que existiam mesmo, orávamos por eles e tudo acabava bem.
Hoje, as missões invadiram-nos a casa: sentamo-nos entre um mar de gente de todas as cores, que dificilmente entendemos, que comem comida esquisita e que fazem muito barulho.
Deus respondeu às nossas orações.

Hoje

a minha primeira netinha chamou-me pela primeira vez 'Avozinha'!

Hoje o avôzinho fez anos

e não parou um segundo!

O mês das mães

De "Tal Mãe, Tal Filha" de Cathy Guisewite
(Oferecido pela minha filha S.)

Que objecto é este?

Uma bola com luz comprada nos Chineses...

Humberto Delgado

Foi uma figura mítica da minha infância. Eu andava na escola primária em Viseu em 58, aquando das eleições. Diziam os miúdos então: "Com Tomás, andas para trás; com Delgado, andas para o lado; com Vicente, andas para a frente."
Quando Delgado foi a Viseu e a cidade em peso se deslocou ao Rossio, o meu pai e o meu irmão mais velho foram os únicos a poder lá ir. Eu era pequena demais. À noite, foram à sessão no Teatro Avenida, que quase incendiava a cidade.
Como teríamos sido todos, se ele tivesse ganho as eleições?

Palmatoadas

"paralesia"
(TVI, legenda do noticiário da hora do almoço, hoje).

A preparar o salto

A infatigável Migas

Dia das Mães

É com esta gravura de Jessie Wilcox Smith que saúdo hoje todas as mães, especialmente aquelas que se esforçam diariamente por fazer o melhor pelos seus filhos. Como sabem, este é o dia a elas dedicado na Europa, nos EUA, no Brasil e no mundo evangélico português.
Jessie Wilcox Smith desenhou esta capa da revista Interchurch World Movement algures da década de 1920.

Citação

"Todos os gigantes de Deus são pessoas fracas".
Hudson Taylor

Exposição

Vá lá, vão lá ver os trabalhos dos nossos moços!

Suicídio colectivo

"A cada minuto que passa fazem-se dois abortos na União Europeia".
(Do Diário de Notícias de ontem)

Coisas da vida

O homem era pobre e tinha apenas uma ovelha que tinha sido criada em sua casa como se de um cãozinho se tratasse: dormia aos pés da cama dele e comia-lhe à mão. Era um animal de grande estimação.
Perto, vivia o ricaço do costume, dono de grandes propriedades e muitos animais. Além de rico era também sovina e quando recebeu visitas, em vez de ir aos seus rebanhos, resolveu apanhar o pobre vizinho distraído e apanhar-lhe a ovelhinha, que andava a tosar umas ervas cá fora. Com ela, preparou um belo jantar para as visitas.
Todos nós que temos animais domésticos podemos imaginar a dor do pobre homem ao descobrir a perda da sua ovelhinha.

Por pouco politicamente correcta que pareça, foi esta história que um profeta da antiguidade usou para verberar a crueldade de um rei que se tinha apoderado da mulher do vizinho, aproveitando para o fazer matar na frente da batalha.
De facto, até uma telenovela contará o episódio de justiça irónica do homem que rouba a mulher espampanante ao colega e que, quando esta tem um acidente que a lança para uma cadeira de rodas, se vê a ter que cuidar dela para o resto dos seus dias.
A vida tem coisas!

Palmatoadas

RTP 1, legenda no Noticiário da noite, 8/5/06:
"suterrados".

De acordo

João César das Neves não é uma pessoa consensual. Aliás, eu própria discordo inteiramente dele, no que diz respeito à sua defesa do culto de Maria. No entanto, hoje no DN, concordo com ele.

Citação de domingo

"Bem-vindo, Espírito Santo, à minha vida, à minha família, à minha igreja."
A.P.

Perdão

O pai e marido saiu para trabalhar, enquanto a esposa e a filha de 11 anos se preparavam para sair noutro carro. Ele notou que se esquecera de algo em casa e voltou para trás.
A mulher e a criança entraram na carrinha.
O jovem conduzia pelas ruas da cidadezinha, quando achou que ninguém o podia ultrapassar no seu belo carrinho e entrou em despique pelas ruas do subúrbio a quase 200 km à hora.
O pai e marido viu fogo à porta de casa: o incêndio era na carrinha da sua mulher e ela e a filha estavam lá dentro, mortas.
O jovem foi levado para o hospital, apenas com arranhões.
Passados alguns anos, os dois homens encontraram-se no Programa da Oprah.
O pai e marido decidiu perdoar. Já mais nada havia a fazer.

Educação

A senhora ministra reconhece-se assustada com a alta taxa de insucesso no Secundário. Susto de quem anda há pouco tempo nestas lides, porque qualquer prof lhe poderá dizer que grande parte das causas deste problema estão há muito identificadas.
Algumas das minhas (humildes) sugestões para resolver o problema:
- Tratar a cultura de falta de responsabilidade de que a escola sofre, sobretudo, a escola básica
- Impedir que um aluno possa passar de ano em ano, do 5º ao 9º, sem ter sucesso a uma disciplina
- Impedir que um aluno possa faltar e faltar, sem que isso acarrete consequências para o seu sucesso
- Cultivar um modelo de seriedade e respeito, em que um aluno que o não cumpra seja impedido de continuar a gozar com os profs e os colegas.

É claro que é muito mais fácil decretar, por exemplo, que os alunos não sejam obrigados a fazer exames no 12º ano. Pela minha parte, agradeço as dores de cabeça que me tirou este ano e pode estar certa que os meus alunos, que corriam graves riscos de chumbar se fossem a exame, ainda mais lhe agradecem!

Parabéns, Netinha!

É com a Minnie que te dou os parabéns pelo teu 2º aniversário, já que é a tua mais fiel amiga! O que cresceste nestes dois anos, que menina te tornaste! Já sabes apontar dois dedos para os anos, já não tens medo de velas e já sabes cantar a canção! Está tudo pronto, então! Viva a netinha!!!

Amadora

Ilha Mágica do Lido, ao fundo a minha escola.

Empire State Building

75 anos da inauguração daquele que é hoje o mais alto edifício de Nova York. Na altura em que me fiz fotografar aqui, na sua entrada, ainda ele não tinha readquirido essa categoria. Estávamos em Fevereiro de 2001.
I love New York!