Era um jovem casal comum, vivendo numa zona comum e numa época comum. A mulher engravidou de gémeos, sempre sinal de bênção divina. O parto foi complicado: quando um dos rapazes parecia pronto a nascer, recolheu e acabou por ser o outro a sair primeiro. Felizes e saudáveis, cresceram rapidamente. Como em muitas outras famílias, o pai acabou por demonstrar uma certa preferência pelo rapaz mais aventureiro e machão, que o acompanhava na caça e no trabalho. A mãe inclinava-se mais para o mais meigo e dócil, que ficava junto dela nos afazeres domésticos.
Ora como se sabe, este tipo de comportamento parental só pode gerar rivalidades e conflitos estre os irmãos. Foi exatamente o que aconteceu no caso destes gémeos, que chamaremos de João e Emílio.
Com o crescimento, a rivalidade intensificou-se, especialmente quando a própria mãe ajudou o João a enganar o pai e a prejudicar o Emílio no testamento.
Os irmãos deram início a hostilidades nunca inteiramente resolvidas, apesar de algumas aproximações posteriores. As suas famílias continuaram durante séculos a inimizade iniciada com os gémeos.
Uma das razões que ainda hoje dá origem a conflitos no Médio Oriente.
1 comentário:
É verdade.
Enviar um comentário