'Qual é a sua atitude perante Deus?'
"Existe um velho provérbio húngaro que diz que na toca do lobo não há ateus, por isso julgo que não existe quem não acredite. O nada não existe na Física ou na Biologia e quando se lêem os grandes físicos entende-se como eram homens profundamente crentes, que chegaram a Deus através da Física e da Matemática e que falavam de Deus de uma forma fascinante. (...) A ideia de Deus é óbvia. Cada vez mais o é para mim. É um bocado como diz Einstein, quando afirma que Deus não joga aos dados."
(António Lobo Antunes in DN de hoje)
30.9.07
28.9.07
Ufa!
Felizmente o meu horário vai mudar na próxima semana. Não sei por quanto tempo aguentaria dar três blocos seguidos de 90 minutos na manhã de 6ª feira.
É mais ou menos como três jogos de futebol sem intervalo, uns atrás dos outros. Os 15 minutos que medeiam entre cada bloco para pouco mais dão que ir à sala dos profs, tomar um cafezinho, trocar de livros e regressar a um pavilhão.
Quando as aulas tinham 50 minutos, nunca dávamos mais que cinco numa manhã, no máximo!
Quem inventou esta coisa dos blocos de 90 minutos?
É mais ou menos como três jogos de futebol sem intervalo, uns atrás dos outros. Os 15 minutos que medeiam entre cada bloco para pouco mais dão que ir à sala dos profs, tomar um cafezinho, trocar de livros e regressar a um pavilhão.
Quando as aulas tinham 50 minutos, nunca dávamos mais que cinco numa manhã, no máximo!
Quem inventou esta coisa dos blocos de 90 minutos?
27.9.07
Externato Acrópole
Nunca pensei que meu blog pudesse ser o veículo de encontros com o passado! Já tive um comentário de um ex-colega e hoje, inesperadamente, uma antiga aluna da escola envia-me um email, porque procurou o endereço do externato no Google e deparou-se com este blog...
De facto, o mundo está muito mais pequeno!
De facto, o mundo está muito mais pequeno!
26.9.07
Mais Cenas da Escola
Hoje havia um certo reboliço ao fim da manhã na minha escola: esperava-se a visita da Senhora Ministra da Educação. Quando terminei as minhas aulas às 13h15, ainda não tinha chegado.
Ao voltar à escola à tarde, disseram-me que ela chegou uns minutos depois, foi ver uma aula de CEF e pouco mais. O ideal seria que desse um ano destas aulas, antes de ser Ministra da Educação....
À tarde voltei à escola, desta vez para mais uma Acção de Formação sobre Quadros Interactivos. Interessante, mas nada como experimentar, o que não será nada fácil numa escola que tem apenas dois para mais de 40 salas...
Ao voltar à escola à tarde, disseram-me que ela chegou uns minutos depois, foi ver uma aula de CEF e pouco mais. O ideal seria que desse um ano destas aulas, antes de ser Ministra da Educação....
À tarde voltei à escola, desta vez para mais uma Acção de Formação sobre Quadros Interactivos. Interessante, mas nada como experimentar, o que não será nada fácil numa escola que tem apenas dois para mais de 40 salas...
25.9.07
Cenas da escola
Encontro junto à secretaria uma aluna de Alemão do ano passado. Mudou de Curso, do regular para um CEF (Curso de Educação e Formação) e deixou logicamente de ter Alemão. Descubro que mudou para uma das minhas turmas de CEF e digo-lhe: "Olha, vais ter-me de novo como professora, agora em Inglês!"
Ela grita para colegas suas que ainda não conheço: "Esta vai ser a nossa setora de Inglês! Ela é fixe!"
Sorrio. Ter-se-à ela já esquecido de quando resmungou comigo o ano passado, porque achava que merecia uma classificação mais elevada?
Ela grita para colegas suas que ainda não conheço: "Esta vai ser a nossa setora de Inglês! Ela é fixe!"
Sorrio. Ter-se-à ela já esquecido de quando resmungou comigo o ano passado, porque achava que merecia uma classificação mais elevada?
24.9.07
Rebeca
20.9.07
19.9.07
36 anos
(imagem de www.verytypical.com)
É hoje que completamos mais um aniversário de casamento. Há este tempo atrás, ele usava também um fato preto e um laço no pescoço e eu, além do vestido comprido, das flores na mão e do véu aqui ausente, tinha também um cabelo igualmente escuro, liso e comprido.
Ah! Éramos muito mais bonitos!
18.9.07
Lavores
17.9.07
Regresso à Escola
15.9.07
Escola
O facto de não ter sido provida a professora titular (por um ponto...) teve rápidos efeitos na situação que ocupo no meu grupo e era isso mesmo que eu receava.
Fui ultrapassada por três colegas. Deram-me quatro turmas, todas elas com níveis diferentes, duas turmas de CEFs (Cursos de Educação e Formação), incluindo um 9º ano, algo que nunca tive nesta escola, onde sempre dei secundário.
Em todo o caso, nem tudo é mau, já que duas das turmas eram minhas no ano passado.
Devo acrescentar: depois de anos a pedir Direcção de Turma, sem ma darem, o que teria feito toda a diferença no Concurso para titulares, é agora que me dão uma, que já não era preciso...
No entanto, isto não é propriamente um lamento, já que reconheço todas as coisas boas em estar a trabalhar numa escola de que gosto, pertinho de casa, com alunos que estimo, num horário da manhã e com dia livre!
Fui ultrapassada por três colegas. Deram-me quatro turmas, todas elas com níveis diferentes, duas turmas de CEFs (Cursos de Educação e Formação), incluindo um 9º ano, algo que nunca tive nesta escola, onde sempre dei secundário.
Em todo o caso, nem tudo é mau, já que duas das turmas eram minhas no ano passado.
Devo acrescentar: depois de anos a pedir Direcção de Turma, sem ma darem, o que teria feito toda a diferença no Concurso para titulares, é agora que me dão uma, que já não era preciso...
No entanto, isto não é propriamente um lamento, já que reconheço todas as coisas boas em estar a trabalhar numa escola de que gosto, pertinho de casa, com alunos que estimo, num horário da manhã e com dia livre!
14.9.07
Velhice
"Lembra-te do teu Criador, enquanto fores jovem, enquanto não vierem os tempos difíceis e os anos em que vais dizer:"Não sinto gosto em viver."
Lembra-te dele enquanto não escurecer o Sol, a luz do dia, a Lua e as estrelas e enquanto não voltarem as nuvens, que hão-de vir depois das chuvas.
Há-de chegar o tempo em que terão medo aqueles que agora guardam o palácio, em que ficarão curvados os que agora são fortes; o tempo em que as mós do moinho serão poucas e páram, e aqueles que agora olham pela janela vão perder a vista.
Fecham-se as portas que dão para a rua, apaga-se o ruído das mós e, embora as aves cantem, já não se ouve o seu cantar.
A altura começa a causar vertigens e os caminhos ficam cheios de perigos, enquanto a amendoeira começa a florir, o gafanhoto a engordar e a alcaparra a dar fruto.
Mas o homem vai para a sua morada eterna. Os que acompanham o seu funeral já se juntaram na rua.
Lembra-te do teu Criador, antes que se quebre o fio de prata, se despedace a taça de oiro, antes que o cântaro se quebre na fonte ou que a roda do engenho caia dentro do poço.
Então o que é pó volta para a terra donde veio. E o sopro da vida volta para Deus, que a tinha dado."
(Eclesiastes 12)
Lembra-te dele enquanto não escurecer o Sol, a luz do dia, a Lua e as estrelas e enquanto não voltarem as nuvens, que hão-de vir depois das chuvas.
Há-de chegar o tempo em que terão medo aqueles que agora guardam o palácio, em que ficarão curvados os que agora são fortes; o tempo em que as mós do moinho serão poucas e páram, e aqueles que agora olham pela janela vão perder a vista.
Fecham-se as portas que dão para a rua, apaga-se o ruído das mós e, embora as aves cantem, já não se ouve o seu cantar.
A altura começa a causar vertigens e os caminhos ficam cheios de perigos, enquanto a amendoeira começa a florir, o gafanhoto a engordar e a alcaparra a dar fruto.
Mas o homem vai para a sua morada eterna. Os que acompanham o seu funeral já se juntaram na rua.
Lembra-te do teu Criador, antes que se quebre o fio de prata, se despedace a taça de oiro, antes que o cântaro se quebre na fonte ou que a roda do engenho caia dentro do poço.
Então o que é pó volta para a terra donde veio. E o sopro da vida volta para Deus, que a tinha dado."
(Eclesiastes 12)
13.9.07
Como é que sabemos que estamos a ficar velhos?
Quando nos cai o primeiro cabelo branco?
Quando temos que usar dentadura?
Quando absurdamente nos esquecemos do nosso próprio número de telemóvel?
Quando a nossa conta da farmácia ultrapassa o que gastamos em diversão?
Quando os filhos nos começam a ensinar coisas?
Quando temos que usar óculos de ver ao perto?
Quando deixamos de gostar de torrar na praia?
Ou quando nos nasce o primeiro neto?
Quando temos que usar dentadura?
Quando absurdamente nos esquecemos do nosso próprio número de telemóvel?
Quando a nossa conta da farmácia ultrapassa o que gastamos em diversão?
Quando os filhos nos começam a ensinar coisas?
Quando temos que usar óculos de ver ao perto?
Quando deixamos de gostar de torrar na praia?
Ou quando nos nasce o primeiro neto?
12.9.07
11.9.07
WE WILL NEVER FORGET!
Há precisamente seis anos eu andava a bordar este quadro. Era (e é) feriado na Amadora. Depois do almoço, sentei-me no sofá a bordar os olhos da boneca. Eram quase 2 horas da tarde. Liguei a TV para o canal 2, que na altura dava as 'Euronews' a essa hora. Foi com grande espanto que vi uma das Twin Towers a arder. Tinha lá estado uns meses antes com o meu filho, a sua namorada (hoje, esposa) e um primo. Liguei imediatamente para o meu filho, que estava num café ou restaurante com um amigo, e disse-lhe: "Não entendo, mas uma das Twin Towers em Nova Iorque está a arder!" Vejo em directo, e durante o telefonema, a outra começar a arder: "Agora é também a outra!"
Só mais tarde compreendemos a enormidade do que tinha acontecido. Talvez porque tínhamos lá estado, no cimo da Torre Sul, tão pouco tempo antes, tudo isto ganhou para nós umas proporções ainda maiores.
Não, nunca esqueceremos!
9.9.07
Caso Maddie
De heróis a vilões em menos de um fósforo.
Não sei se os McCann são uma coisa ou outra, mas há algumas perguntas que me bailam na cabeça:
- Até que pontos são fiáveis os cães que detectam odor a cadáver e a sangue?
- Por que motivo a polícia libertou o apartamento para voltar a ele semanas mais tarde?
- Se a polícia tem tantas evidências do envolvimento dos McCann, porque os deixou sair?
- Como é um carro alugado 25 dias depois do desaparecimento da criança tem sinais de sangue? Ainda se sangra 25 dias depois da morte? Se os pais foram culpados da morte da criança e guardavam vestígios com sangue iam deixá-los passar para um carro?
- Como é que dois médicos se enganam na dosagem de um medicamento supostamente dado à própria filha?
- Que papel exercem os media nesta história toda?
Não sei se os McCann são uma coisa ou outra, mas há algumas perguntas que me bailam na cabeça:
- Até que pontos são fiáveis os cães que detectam odor a cadáver e a sangue?
- Por que motivo a polícia libertou o apartamento para voltar a ele semanas mais tarde?
- Se a polícia tem tantas evidências do envolvimento dos McCann, porque os deixou sair?
- Como é um carro alugado 25 dias depois do desaparecimento da criança tem sinais de sangue? Ainda se sangra 25 dias depois da morte? Se os pais foram culpados da morte da criança e guardavam vestígios com sangue iam deixá-los passar para um carro?
- Como é que dois médicos se enganam na dosagem de um medicamento supostamente dado à própria filha?
- Que papel exercem os media nesta história toda?
7.9.07
O Tempo
Ontem à noite falava com a minha cunhada M. que vive em Wertheim, na Alemanha. Queixava-me do calor que não abranda por cá, quando ela me diz que já têm o aquecimento ligado! A diferença que uns milharzitos de quilómetros podem fazer! Podem ver a comparação do tempo "today" (ontem, neste caso) num lado e no outro: um máximo de 31 graus para a Amadora e 18 em Wertheim!
6.9.07
3.9.07
Lavores II
Falei ontem das minhas aulas de Lavores no Liceu, invenção por mim detestada, já que os rapazes escapavam à seca.
Nas aulas de Lavores transformei em Arte a tentativa de fazer o mínimo possível. Até ao Natal tínhamos que fazer um enxoval por turma para oferecer a uma criança pobre. Cotizavam-nos para comprar o berço de madeira e o resto era feito por nós: lençóis, fraldas, chambres, cueiros, tudo o que um bebé precisava na época. Algumas professoras da disciplina obrigavam-nos a comprar tecidos finos e fazer um enxoval principesco, que, diziam as más línguas, aparecia à venda na feira no sábado seguinte à oferta....
Uma outra aproveitava tudo o que as nossas mães pudessem enviar: restos de tecidos, pedaços de lã, etc e ensinava-nos a aproveitar todos os bocadinhos. Estes enxovais ficavam bem mais coloridos e simples. E não davam para serem vendidos.
Portanto, até ao Natal eu tornava-me perita em carapins (em Guimarães, sapatinhos de bebé). Todos os anos escolhia isso, já que contava sempre com a ajuda da minha mãe para terminar a obra.
Houve um ano em que a professora era uma bruxa má que decretou que eu ia fazer uma camisinha e um chambre! Eu? Pegar em agulha e linhas? Lá teve que ser: a minha mãe dava um grande adianto à coisa nos dias de intervalo em casa.
Depois do Natal tínhamos que escolher outro trabalho: foi assim que comecei uma interminável toalhinha de chá a bordar em ponto cheio e de cadeia e lá aprendi a fazer um pontito de cruz. Nada que me ajudasse muito para a vida.
Seria a tentativa de fazer um vestido de noiva para a Barbie que a minha irmã tinha trazido dos States que me reconciliaria com as agulhas uns tempos mais tarde. E me levaria a fazer vestidos, calças e saias para a minha primeira filha.
Nas aulas de Lavores transformei em Arte a tentativa de fazer o mínimo possível. Até ao Natal tínhamos que fazer um enxoval por turma para oferecer a uma criança pobre. Cotizavam-nos para comprar o berço de madeira e o resto era feito por nós: lençóis, fraldas, chambres, cueiros, tudo o que um bebé precisava na época. Algumas professoras da disciplina obrigavam-nos a comprar tecidos finos e fazer um enxoval principesco, que, diziam as más línguas, aparecia à venda na feira no sábado seguinte à oferta....
Uma outra aproveitava tudo o que as nossas mães pudessem enviar: restos de tecidos, pedaços de lã, etc e ensinava-nos a aproveitar todos os bocadinhos. Estes enxovais ficavam bem mais coloridos e simples. E não davam para serem vendidos.
Portanto, até ao Natal eu tornava-me perita em carapins (em Guimarães, sapatinhos de bebé). Todos os anos escolhia isso, já que contava sempre com a ajuda da minha mãe para terminar a obra.
Houve um ano em que a professora era uma bruxa má que decretou que eu ia fazer uma camisinha e um chambre! Eu? Pegar em agulha e linhas? Lá teve que ser: a minha mãe dava um grande adianto à coisa nos dias de intervalo em casa.
Depois do Natal tínhamos que escolher outro trabalho: foi assim que comecei uma interminável toalhinha de chá a bordar em ponto cheio e de cadeia e lá aprendi a fazer um pontito de cruz. Nada que me ajudasse muito para a vida.
Seria a tentativa de fazer um vestido de noiva para a Barbie que a minha irmã tinha trazido dos States que me reconciliaria com as agulhas uns tempos mais tarde. E me levaria a fazer vestidos, calças e saias para a minha primeira filha.
Lavores
1.9.07
Setembro
Subscrever:
Mensagens (Atom)