Para todos os evangélicos, hoje é o Dia das Mães. Diga-se de passagem que a celebração já teve mais aderentes...
Na minha memória são essas festas na minha infância: flores, muitas flores, poesias e ... a minha mãe.
Ela já partiu há quase 30 anos, mas continua bem presente nas minhas memórias.
Perdoem-me a inclusão de uns "versos de pé quebrado" que alinhavei em 2002, em memória sua e por ocasião do falecimento da mãe de amigos.
Lágrimas
Tenho lágrimas nos olhos
E a dor é uma lâmina que entra fininho no coração.
Ela já não está aqui:
A incredulidade perante o tão longamente temido
E por fim acontecido.
Há um vácuo absurdo
No meu tempo e no meu espaço.
Vejo-a em cada rosto com que me cruzo
E a sua voz ecoa inesperada em cada silêncio.
Só pode ter sido um engano dos homens
Ou uma distração de Deus.
Mãe, os teus beijos ainda me marcam
Oe teus braços ainda me apertam
E há tantas coisas que me esqueci de te perguntar!
Mas outras vozes me saltam à memória:
"Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor".
"Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá."
"Hoje estarás comigo no Paraíso".
As velhas promessas são chuva no meu deserto
E a chuva mistura-se com as lágrimas.
Tenho lágrimas nos olhos
Mas há paz no coração.
3 comentários:
:)
Muito bonito, mesmo muito.
Arrepiou-me... !
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