Já vos falei da minha sogra?
É uma mulher notável! Tem mais 20 anos que eu e apenas mais 18 que o meu marido, primeiro filho dela.
Tem um ar calmo e sofrido, mas é puro engano! Ela é um vulcão! (No bom sentido, claro, já que sempre me dei muito bem com ela.)
A saúde tem-lhe pregado algumas partidas e é muito engraçado, porque os filhos lhe dizem:
"Mãe, tem que fazer assim e assado (como o médico manda)." E ela a tudo diz que sim.
O pior é que só faz realmente o que lhe dá na real gana, sempre com um ar de sofrida humildade...
A vida dela dava não um filme, não um blog, mas uma série de telenovelas!
Voltarei a falar dela.
3 comentários:
DUMA AVÓZINHA PARA OUTRA primeiro quero agradecer a sua vizita ao meu blog e as palavras simpaticas que lá deixou.
Depois..as sogras.
A minha, já morreu há uns anos coitadinha e eu ainda sinto a falta dela. Tanto como a dos meus pai tb já ambos desaparecidos.
Estava mesmo agora a pensar nela, tem graça, quando abri o seu blog e me deparei com este post.
Pois a minha sogra era a pessoa mais extraordinária que eu já conheci. Autoritária, disciplinadora e muito disciplinada mas TÃO DOCE. A primeira vez que a vi, tinha 14 anos. Era amiga dos irmão mais novos do que veio mais tarde a ser meu marido e, reunimo-nos em casa deles para depois irmos para uma fadistice. E todos nos sentámos na sala e eu, sentei-me na unica cadeira (um maple) vazia que estava ali. Entretanto a senhora entrou. pusemo-nos todos de pé - como mandavam as regras de boa educação dessa altura - e falamos-lhe. E voltamos a sentarmo-nos. Ela, vira-se para mim e com um vozeirão disse-me
"Desculpe lá mas a menina está na minha cadeira e eu quero-me sentar".
Se eu tivesse um buraquinho no chão tinha-me lá metido. Fiquei meia aparvalhada (eu era super-hiper timida e a coisa que mais desejava era que não reparassem em mim - só no palco, a cantar, me transformava).
Mas, este impacto inicial foi desvanecido quando a comecei a conhecer melhor. Era uma SENHORA com todas a sletras grandes e mais algumas. Amiga de todos, interessava-se por todos, tinha imensa piada, adorava animais e crianças. Quando foi preciso, tratou da familia toda, dos que estavam em Africa e tiveram que regressar sem nada, da cunhada que vivia ao lado e que estava completamente passada (Alzheimer),a quem dava banho,vestia, fazia a comida e dava-lhe de comer. Isto tudo, sempre bem disposta, sorridente e sem uma queixa. Levantava-se às 6 da manhã para tratar da propria casa e depois ía para a Tia Maria para a tratar. Teve tb o cunhado mais velho em casa urante 2 anos que lá morreu porque estava sozinho sem ninguem que tomasse conta dele. Entretanto, como a viamos magrissima resolvemos fazer uma força para que ela fosse ao médico. Tinha um cancro nos pulmões ao qual tb foi operada e continuou bem. Depois, foi o meu sogro , coitadinho, que teve um AVC e que ficou bastante mal
Tratou dele durante mais de 8 anos até ele morrer com uma dedicaçãoo e um carinho que só visto. E sempre, a sorrir, sempre com uma palavra amavel para cada um de nós, filhos noras e netos.
Eu, queria ser 1/100 do que aquela Senhora foi e sempre a tive como exemplo. E ao meu sogro tb. Era a pessoa mais querida (depois do meu Pai) que eu já conheci.
Obrigado Avozinha por nme ter dado ocasião para homenagear a minha Sogra de quem nunca me esquecerei
beijinhos
Zica
Vivam as sogras! (Eu também sou uma...)
Só tenho sogra há um ano e meio e gosto muito dela.
Quando a conheci, não imaginava que iríamos ser familiares porque a minha relação foi daquelas que começou com um "NUNCA NA VIDA" mútuo.
Temos ideias de disciplina e respeito muito semelhantes (eu sou um pouco antiquada) mas o seu conceito de carinho e afecto é um pouco diferente (ela é muito fria e distante).
Contudo, é uma pessoa que eu admiro muito, pela força que demonstra e pelo amor que tem aos filhos e à neta (que não demonstra).
Quanto à sogra do meu marido, a minha mamã, devo dizer que o trata melhor a ele do que a mim... e que adoram estar os dois juntos a falar sobre mim, sobretudo defeitos que abominam...
Adoro a minha MÃE e a minha Sogra.
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