A senhora tinha deixado de manter contacto com o filho há algum tempo, devido a incompatibilidades. Vivia sozinha com o cão, rafeirito que lhe acompanhou os últimos tempos de vida.
Não sei como ninguém estranhou a sua ausência, nem o padeiro, nem o merceeiro. Pelo contrário, só se aperceberam da presença do cheiro, um cheiro insuportável que enchia o prédio.
Aí, veio a polícia.
O filho foi chamado no emprego para vir a casa da mãe, morta havia vários dias ou até semanas, ninguém sabe.
O cão estava ainda lá, mas morreu rapidamente de inanição.
2 comentários:
Acontece tanto!
(Também vivo sozinha com uma gata, mas... penso que alguém daria pela minha falta. Pelo menos no emprego, agora que ainda o tenho...)
:(
São histórias tristes, estas.
No limiar do pensamento, é a nossa condição.
Numa qualquer cidade, num qualquer cubiculo...
Detesto cidades e adoro a minha aldeia! Bom dia vizinha, hoje levantou-se tarde, 'tá doente, não?
Um abraço
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