31.10.06
25.10.06
24.10.06
O irmão Fernando e a Bíblia
O irmão Fernando é um senhor da minha igreja, já com certa idade, que acaba de se retirar para um Lar. A história verdadeira do seu encontro com a Bíblia contou-a ele várias vezes aqui em casa e na igreja. Passo a trasmiti-la.
O jovem Fernando trabalhava nas obras e levava uma vida um tanto ou quanto airada. Um dia o patrão diz-lhe que vão começar a trabalhar numa igreja protestante (minha actual igreja baptista em Queluz), que estava em construção. O jovem Fernando ficou apavorado, porque não queria nada com os protestantes e fez tudo para o patrão inverter a marcha da carrinha que os levava. O patrão assim fez, mas não deixou de lhe dizer: "Ó Fernando, não sabia que tinhas tanto medo dos protestantes!"
O que ele foi dizer...
Desafiado na sua honra de macho, fez o patrão voltar imediatamente atrás, rumo à tal igreja. Meio amedrontado, iniciou o trabalho.
Lá encontrou um rapazinho curioso que andava a ver os trabalhos (e que mais tarde veio a tornar-se pastor). Foi a este que o jovem Fernando perguntou:
"Quem é que é o padre aqui da igreja?"
"Não temos padre,temos um pastor".
"Pastor?! E vocês são por acaso cabras para terem um pastor?" perguntou o Fernando, do alto da sua experiência campesina transmontana.
"E que faz o pastor?" perguntou ao rapazinho.
"Ensina-nos a Bíblia", respondeu este.
Quando ouviu falar na Bíblia, diz o irmão Fernando, acendeu-se-lhe uma fome por possuir e ler uma, que nem tinha explicação. Indagando como podia comprá-la, o rapazinho respondeu-lhe que fosse lá no domingo seguinte falar com o pastor, que ele certamente lhe arranjaria uma.
Durante três semanas, o Fernando não pode voltar à igreja. A obra já tinha sido concluída e não surgiu ocasião para isso. Até ao dia em que se decidiu a lá voltar, num domingo de manhã.
O pastor pregava e o que dizia era exactamente o retrato da sua vida, achou o Fernando. Era dele que se tratava.
"Alguns dizem que não roubam, nem matam, mas com o seu estilo de vida estão a roubar e a matar a sua própria família!"
Nestas palavras o jovem Fernando reconheceu a sua vida, os seus problemas com o álcool e as palavras de tristeza da sua mãe.
Foi nesse dia que o Fernando recebeu a sua primeira Bíblia e começou uma nova vida com Cristo.
E nós somos disso testemunhas.
O jovem Fernando trabalhava nas obras e levava uma vida um tanto ou quanto airada. Um dia o patrão diz-lhe que vão começar a trabalhar numa igreja protestante (minha actual igreja baptista em Queluz), que estava em construção. O jovem Fernando ficou apavorado, porque não queria nada com os protestantes e fez tudo para o patrão inverter a marcha da carrinha que os levava. O patrão assim fez, mas não deixou de lhe dizer: "Ó Fernando, não sabia que tinhas tanto medo dos protestantes!"
O que ele foi dizer...
Desafiado na sua honra de macho, fez o patrão voltar imediatamente atrás, rumo à tal igreja. Meio amedrontado, iniciou o trabalho.
Lá encontrou um rapazinho curioso que andava a ver os trabalhos (e que mais tarde veio a tornar-se pastor). Foi a este que o jovem Fernando perguntou:
"Quem é que é o padre aqui da igreja?"
"Não temos padre,temos um pastor".
"Pastor?! E vocês são por acaso cabras para terem um pastor?" perguntou o Fernando, do alto da sua experiência campesina transmontana.
"E que faz o pastor?" perguntou ao rapazinho.
"Ensina-nos a Bíblia", respondeu este.
Quando ouviu falar na Bíblia, diz o irmão Fernando, acendeu-se-lhe uma fome por possuir e ler uma, que nem tinha explicação. Indagando como podia comprá-la, o rapazinho respondeu-lhe que fosse lá no domingo seguinte falar com o pastor, que ele certamente lhe arranjaria uma.
Durante três semanas, o Fernando não pode voltar à igreja. A obra já tinha sido concluída e não surgiu ocasião para isso. Até ao dia em que se decidiu a lá voltar, num domingo de manhã.
O pastor pregava e o que dizia era exactamente o retrato da sua vida, achou o Fernando. Era dele que se tratava.
"Alguns dizem que não roubam, nem matam, mas com o seu estilo de vida estão a roubar e a matar a sua própria família!"
Nestas palavras o jovem Fernando reconheceu a sua vida, os seus problemas com o álcool e as palavras de tristeza da sua mãe.
Foi nesse dia que o Fernando recebeu a sua primeira Bíblia e começou uma nova vida com Cristo.
E nós somos disso testemunhas.
23.10.06
Cena de um (provável) Futuro Próximo
Médico ginecologista durante ecografia: "Muitos parabéns, minha senhora! Está grávida de 7 semanas e 2 dias, tem aqui um embrião cheio de vitalidade e cá está o seu coraçãozinho a bater! A data prevista para o parto é 15 de Setembro."
Paciente: "Como, doutor? Grávida? Mas eu não quero estar grávida! Não agora!"
Médico: "Ah sim? Não há problema, minha senhora. Eliminaremos o intruso assim que a senhora o desejar. Pode marcar lá fora com a minha assistente."
Paciente: "Como, doutor? Grávida? Mas eu não quero estar grávida! Não agora!"
Médico: "Ah sim? Não há problema, minha senhora. Eliminaremos o intruso assim que a senhora o desejar. Pode marcar lá fora com a minha assistente."
22.10.06
Ranking das escolas
A minha escola ficou com num triste 413º lugar. Enfim, há pior!
Pior seria ainda o lugar se a ministra não tem, em boa altura, decidido dispensar dos exames os alunos dos cursos tecnológicos, nomeadamente, os meus no anos passado. Os resultados deles viriam quase com certeza fazer baixar ainda mais a fasquia. A despeito de todos os meus esforços. É que, com as leis que nos regem, os alunos que têm boas notas no 10º e 11º anos, já pouco precisam de fazer para passar o 12º.
Pior seria ainda o lugar se a ministra não tem, em boa altura, decidido dispensar dos exames os alunos dos cursos tecnológicos, nomeadamente, os meus no anos passado. Os resultados deles viriam quase com certeza fazer baixar ainda mais a fasquia. A despeito de todos os meus esforços. É que, com as leis que nos regem, os alunos que têm boas notas no 10º e 11º anos, já pouco precisam de fazer para passar o 12º.
Aborto
Já aqui tenho mencionado a minha oposição a que alguém não dê hipótese a que outro viva. Mas, enfim, se insistirem muito comigo poderei concordar que eu própria teria dificuldade de condenar uma mulher que abortou, se o co-responsável não fosse igualmente incriminado.
Mas parece que a proposta de alteração de lei não trata simplesmente de descriminalizar; outro governante nosso, neste caso o ministro da saúde, oferece os bons serviços dos hospitais públicos para o efeito. Agora, limito-me a transcrever (e, em parte, a aplaudir) João Miguel Tavares no DN de sábado:
"Qual é, então, a solução?
Ouço uma velha pergunta: e as mulheres que não têm posses para abortar? Convém esclarecer à partida que a desempregada sem tostão que transporta cinco filhos em cada braço faz parte da mitologia da interrpção voluntária da gravidez. É evidente que ela existe - mas é uma gota de água no oceano da classe média. O que há a fazer, portanto, é descriminalizar o aborto até às dez semanas e deixar o Estado fora do assunto. Quem tem dinheiro que vá a clínicas privadas, e quem não tem que procure soluções junto da sociedade civil. Se os movimentos pró-escolha lutaram durante tantos anos pelo direito da mulher interromper a gravidez, agora que dêem o passo de organizar-se para abrir os bolsos e patrocinar os que não têm posses. Numa Europa profundamente envelhecida, compete ao Estado apoiar quem quer ter filhos. Não pagar a opção de não os ter."
Mas parece que a proposta de alteração de lei não trata simplesmente de descriminalizar; outro governante nosso, neste caso o ministro da saúde, oferece os bons serviços dos hospitais públicos para o efeito. Agora, limito-me a transcrever (e, em parte, a aplaudir) João Miguel Tavares no DN de sábado:
"Qual é, então, a solução?
Ouço uma velha pergunta: e as mulheres que não têm posses para abortar? Convém esclarecer à partida que a desempregada sem tostão que transporta cinco filhos em cada braço faz parte da mitologia da interrpção voluntária da gravidez. É evidente que ela existe - mas é uma gota de água no oceano da classe média. O que há a fazer, portanto, é descriminalizar o aborto até às dez semanas e deixar o Estado fora do assunto. Quem tem dinheiro que vá a clínicas privadas, e quem não tem que procure soluções junto da sociedade civil. Se os movimentos pró-escolha lutaram durante tantos anos pelo direito da mulher interromper a gravidez, agora que dêem o passo de organizar-se para abrir os bolsos e patrocinar os que não têm posses. Numa Europa profundamente envelhecida, compete ao Estado apoiar quem quer ter filhos. Não pagar a opção de não os ter."
Educação
"Ou entram no barco, ou arriscam afogar-se", foi o ultimato aos profesores do inefável secretário de estado adjunto da educação, Jorge Pedreira.
Os nossos governantes não são muito bons em metáforas. De facto, estamos todos é numa banheira, de onde V. Exas tiraram a tampa do ralo!
Os nossos governantes não são muito bons em metáforas. De facto, estamos todos é numa banheira, de onde V. Exas tiraram a tampa do ralo!
Fim de Semana
De regresso de outro fim de semana fora de caso, vejo-me com diversos temas para comentar, quase como o professor Marcelo...
19.10.06
País da Treta
Esta noite fiquei acordada até às 2 a ouvir na Renascença as pessoas que telefonavam a dizer o que lhes vinha à cabeça sobre os professores. É estranho! Não vejo apontarem os horários dos juízes, os honorários dos médicos, as faltas dos enfermeiros e todos estes têm estado recentemente em greve.
País da Treta
Sócrates diz que os professores não podem todos chegar a generais. Isso prova que ele não entendeu mesmo nada do assunto. A educação não é uma cadeia de comando, nem uma hierarquia. Cada professor é tão responsável pelos seus alunos no seu primeiro dia de trabalho, como o é no fim da carreira.
País da Treta
Num dia anunciam-nos o fim da crise. No seguinte, os aumentos da electricidade, das SCUT, das rendas, do IRS...
18.10.06
Um Grande Português
(imagem de www.ibcosmopolita.ubbi.com.br)
Fui à página dos Grandes Portugueses (concurso da RTP) e fui vendo vários dos sugeridos. Sem desprimor para Camões e Saramagos, D. Afonsos e D. Joões, procurei este Grande Português retratado acima: João Ferreira de Almeida. Não constava.
Agora já consta: fui eu que o acrescentei à lista.
João Ferreira de Almeida foi o Grande Português que, no séc. XVII, traduziu a Bíblia para a nossa língua. Não era católico e, claro, sofreu as correspondentes perseguições. Viveu e trabalhou grande parte da sua vida no estrangeiro.
O Círculo de Leitores e a Assírio e Alvim vão fazer o lançamento de uma reedição da 'sua' Bíblia em versão ilustrada e oito volumes. Nas livrarias a partir de 24 de Novembro.
17.10.06
Gémeos
A minha irmã fazia anos nesse dia 17 e tinha-me 'pedido' que os gémeos nascessem no seu dia. Na véspera, domingo, fomos à noite a casa dela tomar um chazinho e comer umas fatias de bolo. Comentei: "Não tens sorte nenhuma! Não vão nascer no teu dia, que eu ainda estou óptima!"
Nessa noite acordei às 3 com as águas rebentadas e um princípio de dores. Levantei-me, aprontei a mala, acordei o marido e a filhota (quase 5 anos) e lá fomos. Ainda passámos por casa da minha cunhada, que ia assistir, e chegámos à Clínica Cabral Sacadura.
Às 5 e 30 nascia o primeiro (o rapaz) e um quarto de hora depois a miúda. Estava a família completa!
A minha irmã saiu cedo nesse dia para fazer análises e foi a última a saber que eles tinham nascido, afinal, no seu dia!
Parabéns, filhos, e parabéns, mana!
(Foi há 29 anos!)
16.10.06
Amanhã faço greve
já não tanto pelas ratoeiras que me aguardam nos últimos anos de serviço, mas mais por vocês, minhas filhas!
15.10.06
Portinho da Arrábida
Como aqui (2/5/05), acabo de voltar de mais um retiro de casais da minha igreja neste cantinho do paraíso. Só que desta vez, a foto é mesmo minha. E o deslumbramento também.
12.10.06
Beta-Blogger
Desculpem lá o desabafo, amigos que aderiram a este 'modernismo', mas considero-o uma inconveniência: ora me deixa entrar e ver os blogs que me convidaram, ora me confunde com outra peesoa e deixa ou não aceder ao blog (conforme lhe dá na veneta), ora me deixa comentar como Avozinha, ora sugere outros nomes, ora tenho que comentar como anónimo, ora não me deixa comentar coisa nenhuma!
Lá terei que passar a visitar só os antigos...
Lá terei que passar a visitar só os antigos...
10.10.06
9.10.06
Esta tarde
8.10.06
6.10.06
"Senhora Dona Ministra, Case Comigo"
Senhora Dona Ministra: que vai responder ao jovem colega? Diz ele que, apesar dos seus 9 anos de experiência, não está colocado este ano.
A sua juventude e bom aspecto prometem dias felizes. A senhora ministra terá que o sustentar todos os anos em que ele ficar novamente de fora. Terá que o esconder dos Encarregados de Educação que o quiserem 'avaliar' com muita força. Para além disso, terá levá-lo à escola no seu carro prioritário para ele nunca faltar e poder progredir na carreira. Terá também que o consolar quando, apesar de todos os esforços, ele nunca chegar a professor titular.
Enfim, terá o prazer de conhecer de perto o que significa ser professor em Portugal, no século XXI.
5.10.06
4.10.06
3.10.06
2.10.06
Expo Saúde
Esteve a funcionar na Amadora neste fim de semana, pertinho da minha casa, promovida pela Associação Internacional de Temperança. Fui lá com a minha irmã. Mediram-nos tudo: do peso e altura ao colesterol, à glicémia, à capacidade respiratória e sei lá que mais. Ouvimos (arrastadas) uma palestra sobre doenças cardio-vasculares, estivemos uma hora numa bicha para fazer um teste à visão, submetemo-nos a massagens que me deram uma enorme dor de cabeça.
À saída, um solícito colaborador pergunta: "Então as senhoras gostaram? Estava tudo bem?"
Respondo para horror da minha irmã: "Olhe, disseram-nos que estávamos umas raparigas novas. Não deixámos foi de ser toxicodependentes!"
(Nota: E é verdade; tanto ela como eu tomamos medicamentos para a nossa vida toda!)
1.10.06
Dia do Idoso
(Pintura de Simon Donikian)
Quando se é jovem, pensa-se normalmente que os idosos são um género de pessoa diferente, como se uns nascessem para ser eternamente jovens e outros nascessem já velhos.
É exactamente ao envelhecer que descobrimos a inevitabilidade da velhice, se tivermos a sorte de lá chegar. Assim sendo, preparo-me alegremente para engrossar as fileiras deste contingente, mais ano menos ano, não sabendo embora o que me espera.
Gostaria de vir a ser uma idosa alegre e bem disposta, mantendo todas as capacidades mentais e as mínimas físicas, daquelas que tentam sempre ler o seu tempo, porque é o nosso tempo até morrer.
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