13.1.06

Lisboa-Dakar II

Nesta nossa travessia do deserto, uma das coisas que mais me impressionam são os restos dos carros e motas dos que nos precedem e que vão ficando no trilho. Parece às vezes um verdadeiro cemitério da tecnologia. Até podemos dizer que nos enganámos no caminho quando deixamos de os ver. Fico a pensar no que sucederá a tanto lixo no fim do Rali.
A minha amiga T. estava mais ansiosa por vislumbrar as civilizações do deserto. Não tanto no deserto, mas mais nas zonas povoadas por que passamos. Isso para mim tem sido uma desilusão. De todo o lado surgem cabeças de gente para nos ver passar. Se paramos, os miúdos não nos deixam descansar, tentando que lhes demos umas moedinhas ou quaisquer objectos. O que deixamos inadvertidamente para trás é imediatamente apanhado. Se tentamos tirar umas fotografias, é difícil não apanhar garotos aos saltos por trás de nós.
Enfim, é a globalização, senhores!

1 comentário:

framentosII disse...

Maravilhosa imaginação.