A minha amiga T. desafiou-me a enfrentar as areias do Saara e eu decidi-me a acompanhá-la como navegadora.
Poupo-vos a descrição do sempre enfadonho início da viagem, mas aqui vai uma página do nosso diário de bordo.
Já sabia que o deserto era frio de madrugada, mas nunca imaginei um frio assim! Sobretudo, porque de dia foi aquecendo, aquecendo, aquecendo até a minha amiga, que teima em dizer que adora o verão, começar a suar por todos os poros e a maldizer tanto calor.
O carro em que vamos é o dela, pequeno, mas confortável e ela é uma óptima condutora. Digo eu, que não conduzo!
Eu levo é os mapas na mão. Algo que, no meio das dunas e contra-dunas, deixa completamente de fazer sentido.
O que nos vale realmente é uma invenção chamada Global Posiotioning Device. Sem isso, já estaríamos algures no chamado corno de África. As estrelas também podem ser úteis à noite, mas mais para inspirar poemas.
Que fazemos durante os trajectos? Ora! Pomos a conversa em dia e cantamos, cantamos tudo o que nos vem à garganta, desde o Aleluia de Haendel até ao Lá em Cima Está o Tiroliroliro.
E assim vamos atravessando o nosso deserto, sem nenhuma intenção de acompanhar os outros concorrentes. A Elizabete Jacinto desistiu? Nós nunca desistiremos!
6 comentários:
ora isso é que é!
:D
Uau!!! Espectáculo!!! Gostei imenso desta travessia do deserto! Sinceramente, N., és uma revelação! :)))))
Já vos falei do preço do carro?
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAAH
O que nós nos divertimos!!! só vivendo, porque contado não chega.
O preço do carro?! não nos assusta, temos uma patrocinador "bué" de rico. Seremos as últimas a chegar, concerteza, mas será uma aventura e peras.
Bjocas
Apesar de não estar a passar por momentos muito fáceis, este Lisboa-Dakar animou-me pela beleza da sua descrição e pela alegria das suas intervenientes!! Parabéns pelo relato. Para o próximo levem-me convosco, ok?
Beijos :-))
que bonito!
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