1º Mito
"Todos somos contra o aborto."
Mentira! Muita gente é mesmo a favor do aborto.
Basta ver as afirmações da directora da clínica abortista dos Arcos em Badajoz: diz ela que, quer mude a lei em Portugal, quer não mude, vai abrir uma filial em Lisboa. Não é, certamente, para convencer as grávidas a terem os seus bebés...
2º Mito
"As mulheres sofrem muito quando decidem fazer um aborto."
Mentira! Nem todas: já conheci algumas que trataram o caso como se tivessem ido arrancar um dente.
3º Mito
"As mulheres sabem sempre fazer as suas opções".
Mentira! Nem as mulheres, nem os homens optam sempre bem. Todos nós fazemos coisas de que nos arrependemos. Eu, por exemplo, estou arrependidíssima de ter votado PS nas últimas legislativas. E não é só por causa do aborto!
12 comentários:
É, de facto, uma questão controversa...
Beijocas
Já ando aqui a lê-la à tanto tempo e hoje resolvi comentar!
A directora lá daquele antro que é a Clínica dos Arcos é pelo aborto? Não sei se será! Como é possível ser-se? Já agora, não há forma de impedir que a tal clínica não venha para Portugal? É que se o "não" ganhar (e é isso que eu espero), não faz muito sentido que existam cá coisas dessas.
Quanto aos outros dois mitos, concordo em absoluto consigo, avozinha. Beijo.
Concordo com esses mitos, então o 2º é o que mais me farto de repetir... é mesmo um mito, tb conheço quem o tivesse feito mais que uma x , sem problema nenhum.
É, estou consigo no último post, é a prova de que de vez em quando se engana (já não é de agora!!!)!!!
Quanto ao primeiro também concordo. Não só essa senhora como os donos/donas de clínicas que JÁ EXISTEM em Portugal! Alguns desses senhores/senhoras até andam aí nas campanhas...quer que lhe diga em qual? A hipocrisia tem tempo de antena!
Quanto ao segundo, claro que as coisas são mesmo assim! Se há quem MALTRATE, VIOLE ou MATE os filhos porque não fariam o aborto com a maior das calmas? Não pode reduzir os problemas desta maneira...felizmente é a minoria...e continuo a teimar avozinha: seja qual for o resultado do referendo:
1 - O Aborto vai continuar
2 - As MUITAS mulheres que HOJE estão com o problema duma gravidez que não podem ou não querem assumir, depois do dia 11 ou vão fazê-lo no hospital ou no vão de escada. Ah mas as que têm dinheiro não se preocupam com o seu voto - vão a uma clínica privada cá ou no estrangeiro.
Por isso minha amiga, venha a política de investimento na família, bons salários, venham as ajudas aos jovens casais, infantários, escolas, centros de saúde, hospitais, etc, etc, e vai ver como os abortos vão diminuir!!!!
Nem todas podem ser como a Pitta que já vai no 5º (ou 6º?)!!! Pudera! Tem dinheiro!
Continuamos em desacordo. Eu sou pela VIDA (não admito que me digam o contrário)mas uma vida feliz!
Mas não quero que a hipocrisia continue em Portugal e que uma NETA ou AMIGA ou CONHECIDA possa ser levada a tribunal e tenha que se expor publicamente...
Bom dia avozinha e desculpe a intromissão...
Avozinha não podia estar mais de acordo... mas são os do "não" que são apelidados de hipócritas (!?)
Também é um mito que pais( que nunca o deviam ter sido) violem, maltratem e mais n coisas que me nego a mencionar fazem aos filhos?
è mito? é mito que muitos pais nunca deviam ter sido pais? ah e tal, há a adopção e a segurança social!!
A mesma que avalia mal/não avalia as situações e continuam a morrer meninos que percebem perfeitamente o que lhes está a acontecer!
Isto é que é um mito!defender a vida às 10 semanas e deixar meninos grandes morrer...
Amigona: já sabemos que não concordamos. Os meus respeitos!
Sandrajorge: já alguma vez leu no meu blog que eu defendo deixar morrer os meninos maiores? Mas aí concordamos inteiramente: as crianças devem ser protegidas, independentemente da sua idade!
Fiquei verdadeiramente chocado como um comentário que fez num outro blog e que aqui vou repetir:
"Mesmo que as crianças não planeadas sofram efeitos disso, sempre é bem melhor estarem vivas! A humanidade tem sido constituída de crianças não planeadas"
Acho desumano alguém conseguir dizer isto, e acho que quem consegue dizer uma barbaridade destas não é a favor da vida, porque vida é viver com qualidade e amor, não ápenas andar por cá e ser mais uma número para a humanidade.
Não queremos apenas números, queremos vidas. E viver é ser amado, não é nascer a qualquer custo só para dizer que a humanidade tem mais um cidadão...
Tenho muita pena que existam pessoas que possam pensar assim
A isto chama-se extremismo.
Permitem-me só algumas considerações? Espero que sim... então aqui vai!
1- Não está provado que as mulheres que optam por abortar fossem maltratar os filhos se a gravidez tivesse prosseguido
2- Está provado que há de facto muitas mulheres que abortam levianamente, não tendo os tais sentimentos de culpa que os defensores do Sim advogam para transformarem genericamente as mulheres que abortam em vítimas
3- Votar SIM no referendo é abrir a porta ao aborto livre, subsidiado e garantido pelo Estado e não só descriminalizar as mulheres... esse é o falso argumento mais tortuoso! O SIM vai permitir legalmente que a prática do aborto livre se institua
4- Não me venham com coisas... ninguém vota sim se não concordar com que se façam abortos. Dizer "eu não faço mas não julgo quem faz" é tapar o sol com a peneira. Eu não roubo na rua, posso não julgar negativamente quem o faz em caso de extrema necessidade, mas não concordo que se instaure uma lei que descriminaliza o acto de roubar
5- Há vida ou não à vida às 10 semanas? Mas ainda há dúvidas?... ou este constante olhar para o lado quando as evidências científicas surgem não é tão conveniente quando se quer votar sim e dormir descansado?
6- As mulheres... coitadinhas das mulheres! Os defensores do Sim são os únicos que se preocupam com as Mulheres... pois é, mas as mais de 100 mil mulheres que foram ajudadas desde o último referendo , tendo ou não abortado previamente, foram-no precisamente por movimentos cívicos defensores do Não. Onde estavam os que votaram Sim e defendiam as mulheres?
7- Este referendo é a ver se pega... acredito que até o Sim ganhar, novos referendos se sigam para que os eleitores sejam vencidos pelo cansaço e dêem a bicicleta aos movimentos do Sim. Não se respeita a vontade dos cidadãos, não se olha para questões muito mais importantes como o planeamento familiar ou a educação sexual nas escolas
8- E a adopção? Oiço frequentemente "Não funciona". Não funciona o que? Não funciona uma mãe dizer "fiquem com o meu bebé"? Como não funciona? A mãe pode sair da maternidade livrezinha da silva. Pois é... penou durante nove meses e, claro, custa muito mais sentir um bebé dar pontapés na barriga, ouvi-lo chorar e a seguir entregá-lo. É muito mais duro que abortar no início da gravidez num ambiente inócuo, afirmando a pés juntos que "aquilo" não é vida nenhuma do que dar-lhe a oportunidade de viver, entregando-o para adopção.
9- A mulher está fisiologicamente preparada para receber a gravidez. É assim que é a natureza. Isto não é bom nem é mau, é assim, ponto. Choca-me que se use esta verdade incontornável para dar mais direitos às mulheres ou conceder-lhes a liberdade para decidirem sem consultar mais ninguém sobre a nova vida que carregam. que não é sua, nem de ninguém. Simplesmente por razões fisiológicas ali se desenvolve.
10- O Sim neste referendo é um cheque em branco. Não há a mínima ideia de como será o modelo legislativo a adoptar. Não há nenhuma garantia de aconselhamento, contracepção, limitação ou condições a impor às mulheres que querem abortar. É permitir ao Estado (que em matéria de políticas de sexualidade consciente tem feito um pésimo trabalho) implementar a prática do aborto como bem entender.`É um caminho sem retorno que permite, daqui a uns anos, estender o aborto popr dificuldades económicas até às 24 semanas, como já se faz no Reino Unido. Votar Sim é dar a chave do cofre e dizer "Toma lá,mas não roubes nada". Votar Sim é abrir uma porta que nãomais poderá ser fechada. Pelo contrário votar Não é exigir medidas legislativas mais justas e humanas que de facto ajudem as mulheres.
Cátia Matos
Caríssima Joana: para além de ter (ousado) comentar no seu blog, acrescento no meu que a vida é um valor muito superior à ausência de sofrimento. E todos conhecemos pessoas com péssimos inícios e que tiveram vidas verdadeiramente espectaculares. Teria valido a pena deitá-las para o lixo?
Avozinha:
Não acho preferível um bebé ser deitado no caixote do lixo (como se continua a ver nas noticias) do que não nascer
Não acho preferível ser dado para adopção (como sendo rejeitado) do que não nascer, pois como se sabe os nossos serviços de adopção não funcionam como deveriam e os numeros de crianças abandonadas é grande
E não acho que os tais grupos de apoio à decisão da mulher e ao planeamento familiar que ajudaram as tais melheres acabem.
Eu também sou a favor dessa ajuda psicologica para ajudar as mulheres a não fazerem abortos indiscriminadamente. Também sou a favor disso, mas acho que há casos em que os bebés são tão pouco ou nada desejados, que o melhor é não nascerem. Nem todoas as mulheres têm a capacidade de ter filhos como se calhar nós temos. Existem pessoas más, e mais tarde quem paga são os filhos. São nestes casos que eu defendo o sim. O sim ao aborto. Porque me parte o coração ver crianças busadas, mal tratadas, tristes e abandonadas. Isso sim deixa-me triste. Prefiro que estas Más mães não os tenham.
Entende o meu ponto de vista?
É pelas crianças, não pelas mães.
Também não quero que os abortos sejam feitos de ânimo leve. E obviamente que não irão ser feitos como um método contraceptivo como os do não dizem. Nunca fiz nenhum, mas calculo que mesmo fisicamente não deve ser fácil.
Comentou no meu blog, e com todo o direito, tal como eu comentei no seu.
São opiniões, e acho que a idade ou a geração das pessoas não tem que interferir com a decisão. Sei de mulheres de outra geração que fizeram abortos e que hoje votam não!?!? Não compreendo. Na altura delas fizeram-no mas agora que já não teram mais filhos acham que as mulheres devem ser penalizadas, que é como quem diz presas...(é o que diz na lei)
joana
Compreendo, Joana, compreendo, mas não concordo. Também gostaria de viver num mundo em que cada criança tivesse amor e protecção garantidos. Mas esses nunca o estão, nem, quanto mais não seja, pelas vicissitudes da vida. Nem aos nossos queridos e protegidos filhos! Não controlamos o nosso dia de hoje, que fará o deles de amanhã... A vida é um dom de Deus: cabe-nos defendê-la. A das mulheres, a das crianças, mas também a dos (ainda) não nascidos.
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