É altamente provável que as amigas de quem falei ontem nunca venham a ler o que escrevi sobre elas. Isto, porque nenhuma está virada para estas coisas da Net. Digo-lhes: "Meninas, é uma vergonha que seja eu, avozinha de avançada idade, a falar-vos da Internet e a ter um blog!" Pergunta uma: "Que é um blog?" Lá lhes expliquei.
Pode ser que o filho de alguma delas lhe mostre o caminho para aqui.
30.12.05
29.12.05
Amigas
Como é habitual já há uns anos, fui almoçar com um grupinho de ex-colegas do saudoso extinto Externato Acrópole, de cujo grupo docente todas fizémos parte. Almoçámos na zona e, como sempre, aproveitámos para 'pôr a conversa em dia'. Nestas alturas, recontamo-nos velhos episódios passados connosco, com colegas e com alunos. Para mim, trata-se de evocar 24 anos de ensino na zona do Chiado. Há mesmo muito a recordar.
Desta vez, fomos encontrando ou passando por uma ex-colega, ex-alunos e até duas ex-funcionárias nos fizeram parar!
Este encontro de amigas realiza-se pelo Natal, pela Páscoa e no verão, sempre com muita conversa e muitos risos.
Desta vez, fomos encontrando ou passando por uma ex-colega, ex-alunos e até duas ex-funcionárias nos fizeram parar!
Este encontro de amigas realiza-se pelo Natal, pela Páscoa e no verão, sempre com muita conversa e muitos risos.
28.12.05
Ainda no pós-natal
Continuo a roer os restos do Natal: os frutos secos são nesta fase muito apetecíveis. O bolo-rei prolonga-se mais do que seria suposto. E, de novo, constato que até ele se tornou politicamente correcto: já não há fava e brinde, nem vê-lo! Para que serve um bolo-rei sem fava nem brinde?
27.12.05
Tempos
O Elton John finalmente casou. Parabéns!
Que sejam muito felizes e tenham muitos meninos.
Não podem ter meninos?
Será um caso de infertilidade? Não desanimem: há as FIV, etc.
E, em último caso, ainda podem adoptar.
Que sejam muito felizes e tenham muitos meninos.
Não podem ter meninos?
Será um caso de infertilidade? Não desanimem: há as FIV, etc.
E, em último caso, ainda podem adoptar.
26.12.05
Pós-Natal
Gosto muito do dia 26 de Dezembro.Passada a agitação da casa, acalmada a excitação das ruas, abertas as prendas, ter apenas que decidir onde colocar os últimos 'tarecos' que nos deram, arrumar a casa, fazer um sacão de papéis para levar ao contentor, preguiçar um pouco, reinventar uma roupa-velha, comer as últimas fatias de bolo-rei ou as refinadas rabanadas.
Lembro-me de um 26 de Dezembro de há muitos anos, teria eu uns seis ou sete, quando, ao brincar com um regadorzinho de lata verde, que tinha sido a minha prenda de Natal, descobri umas misteriosas pintinhas vermelhas nas minhas pernas. Isso provocou uma quase tragédia lá em casa: a minha irmã também as tinha e em breve nos encontrávamaos 'internadas' num quarto forrado a vermelho, com as nossas camisolas vermelhas vestidas. Tínhamos sarampo.
Lembro-me de um 26 de Dezembro de há muitos anos, teria eu uns seis ou sete, quando, ao brincar com um regadorzinho de lata verde, que tinha sido a minha prenda de Natal, descobri umas misteriosas pintinhas vermelhas nas minhas pernas. Isso provocou uma quase tragédia lá em casa: a minha irmã também as tinha e em breve nos encontrávamaos 'internadas' num quarto forrado a vermelho, com as nossas camisolas vermelhas vestidas. Tínhamos sarampo.
24.12.05
A Palavra
Naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo fosse recenseado.
Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirínio era governador da Síria.
E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.
Subiu também José, da Galiléia, da cidade de Nazaré, à cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi,
a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.
Enquanto estavam ali, chegou o tempo em que ela havia de dar à luz,
e teve a seu filho primogénito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
Ora, havia naquela mesma região pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho.
E um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor os cercou de resplendor; pelo que se encheram de grande temor.
O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo:
É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
E isto vos será por sinal: Achareis um menino envolto em faixas, e deitado em uma manjedoura.
Então, de repente, apareceu junto ao anjo grande multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:
Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade.
E logo que os anjos se retiraram deles para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos já até Belém, e vejamos isso que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer.
Foram, pois, a toda a pressa, e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura;
e, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita;
e todos os que a ouviram se admiravam do que os pastores lhes diziam.
Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as em seu coração.
E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora dito.
(Evangelho segundo Lucas)
Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirínio era governador da Síria.
E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.
Subiu também José, da Galiléia, da cidade de Nazaré, à cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi,
a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.
Enquanto estavam ali, chegou o tempo em que ela havia de dar à luz,
e teve a seu filho primogénito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
Ora, havia naquela mesma região pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho.
E um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor os cercou de resplendor; pelo que se encheram de grande temor.
O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo:
É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
E isto vos será por sinal: Achareis um menino envolto em faixas, e deitado em uma manjedoura.
Então, de repente, apareceu junto ao anjo grande multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:
Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade.
E logo que os anjos se retiraram deles para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos já até Belém, e vejamos isso que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer.
Foram, pois, a toda a pressa, e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura;
e, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita;
e todos os que a ouviram se admiravam do que os pastores lhes diziam.
Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as em seu coração.
E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora dito.
(Evangelho segundo Lucas)
23.12.05
Candidatos
O mínimo que se exige de um candidato a Presidente da República é que o queira ser mesmo.
20.12.05
Velhas fotos
19.12.05
Enfeites e desenfeites
Há quem monte a árvore de Natal ainda em Novembro. Há quem a monte só Dezembro adiantado. Na antiga tradição era até no próprio dia 24. Mas desmontá-la no dia 18, deve ser inédito.
Aconteceu aqui. Farta de apanhar a gata mais louca do mundo a atirar-se à árvore e a desfazer as maçãzinhas e os bonecos, farta de ver uma vassoura de pernas para o ar na minha sala (que era o que ela parecia), o facto de ter atirado com ela ao chão ontem fez-me atingir o limite: desfiz tudo e guardei nas caixinhas. Até a um Natal em que a fera já seja uma senhora gata.
Aconteceu aqui. Farta de apanhar a gata mais louca do mundo a atirar-se à árvore e a desfazer as maçãzinhas e os bonecos, farta de ver uma vassoura de pernas para o ar na minha sala (que era o que ela parecia), o facto de ter atirado com ela ao chão ontem fez-me atingir o limite: desfiz tudo e guardei nas caixinhas. Até a um Natal em que a fera já seja uma senhora gata.
Dia a registar
Já lhe tinha ouvido uns "Vvvvvv", mas ontem, pela primeira vez, olhou-me nos olhos e disse: "Vovó!"
A minha neta M.
A minha neta M.
18.12.05
17.12.05
Amante de Alcatra
Já antes referi o meu apreço por este amigo. Pois bem: o Amante de Alcatra, primariamente amante de Cristo, é a partir de hoje, pastor de almas.
Aqui fica o meu desejo de que continue sempre seguindo o Grande Pastor e que possa ser uma bênção, por onde quer que vá, como tem sido para nós.
Aqui fica o meu desejo de que continue sempre seguindo o Grande Pastor e que possa ser uma bênção, por onde quer que vá, como tem sido para nós.
16.12.05
Luís Miguel Cintra
Hoje é notícia, devido a ter recebido o Prémio Pessoa.
Por coincidência, o Luís Miguel Cintra foi meu colega, exatamente na cadeira do Padre Manuel Antunes. Era filho de um outro professor meu, o Prof. Lindley Cintra, um dos melhores. Este era de uma humanidade para os alunos muito invulgar numa Faculdade nos anos 60. Foi ele que despertou o nosso gosto pela Linguística. Vejo-o sempre envolto nas lutas estudantis pela liberdade, antes do 25 de Abril.
15.12.05
Padre Manuel Antunes
Está a realizar-se entre hoje e depois de amanhã um Colóquio Internacional sobre o Padre Manuel Antunes, pensador e professor na Faculdade de Letras de Lisboa.
Foi meu professor de História da Cultura Clássica, um Cadeirão assustador para uma miúda de 17 anos como eu era, recém-chegada de um liceu de província. Não o entendi, nem lhe soube atribuir o seu verdadeiro valor. Mas nunca mais esquecerei o seu leve sorriso de quem saboreia algo de refinado, no seu clássico início de frase: "Este conceito 'Paideia'"...
14.12.05
13.12.05
Avozinha Moisés
12.12.05
Crucifixos, de novo
"É importante que Deus esteja visível nos edifícios públicos e privados, que Deus esteja presente na vida pública, com a presença da cruz nos estabelecimentos públicos." - Bento XVI
Concordo plenamente com a primeira parte, mas pergunto:
Não é já suposto que Ele lá esteja, graças à Sua omnipresença?
Não seria muito melhor que Deus estivesse presente na vida pública através da vida dos Seus filhos?
Concordo plenamente com a primeira parte, mas pergunto:
Não é já suposto que Ele lá esteja, graças à Sua omnipresença?
Não seria muito melhor que Deus estivesse presente na vida pública através da vida dos Seus filhos?
11.12.05
Citação de domingo
"A vida é apenas um ensaio geral, antes da verdadeira produção. É o treino colectivo que ocorre antes do jogo; a volta de aquecimento antes do início da corrida. (...)Assim como os nove meses que passou no útero da sua mãe não tinham um fim em si, mas eram uma preparação para a vida, também a vida é uma preparação para o que vem a seguir."
Rick Warren, Uma Vida com Propósitos
Rick Warren, Uma Vida com Propósitos
10.12.05
História IV
Custava-lhe sempre fazer aquele percurso à noite: sair do metro e caminhar uns bons 15 minutos até casa não é muito próprio para uma rapariga. Sobretudo, porque a vizinhança da estação não era muito desejável: uma grande zona de barracas tornava a coisa mesmo assustadora. Mas, enfim, tinha que ser.
Aquela noite não foi muito diferente do habitual. Saíu da estação e caminhou apressada, apertando a mala contra o corpo. Mas foi nessa noite que aconteceu: de súbito, um violento puxão na mala que não se solta e ela é arrastada pela velocidade da mota até a alça da mala se partir.
Fica sentada no chão molhado da chuva nocturna, aturdida e magoada. Ao tentar pôr-se de pé, nota que não consegue suster-se numa perna mais ferida. E agora?
Vem alguém. Um grupinho de jovens aproxima-se, de violas em riste e Bíblias debaixo do braço. Surpreendem-se com a visão de alguém no chão e afastam-se rapidamente. "Devem ter pensado que eu era uma drogada", pensa ela.
Duas freiras passam também a caminho do metro. Ao avistá-la, benzem-se e desviam-se.
Desesperada por ajuda, é então que ela avista o seu maior receio naquela zona: um cigano estaciona a carrinha a cair de podre do outro lado da rua.
Vê-a e aproxima-se. Ela encolhe-se mais. "Precisa de ajuda?", pergunta ele no seu português cantado.
E é ele que finalmente a mete na sua carrinha e a leva ao hospital. É ele que espera com ela as várias horas que teve que passar naquele lugar. Foi ele que finalmente a levou a casa na manhã seguinte.
Aquela noite não foi muito diferente do habitual. Saíu da estação e caminhou apressada, apertando a mala contra o corpo. Mas foi nessa noite que aconteceu: de súbito, um violento puxão na mala que não se solta e ela é arrastada pela velocidade da mota até a alça da mala se partir.
Fica sentada no chão molhado da chuva nocturna, aturdida e magoada. Ao tentar pôr-se de pé, nota que não consegue suster-se numa perna mais ferida. E agora?
Vem alguém. Um grupinho de jovens aproxima-se, de violas em riste e Bíblias debaixo do braço. Surpreendem-se com a visão de alguém no chão e afastam-se rapidamente. "Devem ter pensado que eu era uma drogada", pensa ela.
Duas freiras passam também a caminho do metro. Ao avistá-la, benzem-se e desviam-se.
Desesperada por ajuda, é então que ela avista o seu maior receio naquela zona: um cigano estaciona a carrinha a cair de podre do outro lado da rua.
Vê-a e aproxima-se. Ela encolhe-se mais. "Precisa de ajuda?", pergunta ele no seu português cantado.
E é ele que finalmente a mete na sua carrinha e a leva ao hospital. É ele que espera com ela as várias horas que teve que passar naquele lugar. Foi ele que finalmente a levou a casa na manhã seguinte.
9.12.05
Em exibição
desde ontem, a primeira das clássicas Crónicas de Nárnia em adaptação ao cinema.
Aproveitem para ler o seu fascinante autor, C. S. Lewis.
Aproveitem para ler o seu fascinante autor, C. S. Lewis.
8.12.05
Bem-vindos à Baby TV!
Onde as criancinhas podem ver TV 24 horas por dia. E onde, como uma representante do canal afirma no "Tudo em Família" (RTP2), "não há juízos de valor".
(Pausa)
Não há juizos de valor?!
(Pausa)
Não há juizos de valor?!
7.12.05
Grandma Moses
6.12.05
Citação
"Não fui tocado pela graça divina".
- Mário Soares.
Como assim? É a graça de um Deus amoroso e paciente que nos cria, sustenta e espera, espera sempre. Espera até demais, no nosso entender humano.
- Mário Soares.
Como assim? É a graça de um Deus amoroso e paciente que nos cria, sustenta e espera, espera sempre. Espera até demais, no nosso entender humano.
5.12.05
Crucifixos
Não, na minha escola não há crucifixos, já que só tem 25 anos. Ainda bem. Como sabem, não sou católica, e os evangélicos não apreciam os símbolos.
Já dei aulas num colégio católico, com crucifixos em todas as salas. Não me perturbaram, como não me perturbam os budas nas lojas de 300.
Mas, em criança, estudava numa escola com crucifixo e tentavam até obrigar-me a rezar. Não é fácil não se pertencer à maioria, quando se é miúdo.
Por outro lado, não teria problemas em ter nas minhas aulas alunas com o véu islâmico. Afinal, já tive freiras com o hábito completo.
No entanto, acho que é bom que a escola se mantenha neutra. Cumpra-se a lei.
Já dei aulas num colégio católico, com crucifixos em todas as salas. Não me perturbaram, como não me perturbam os budas nas lojas de 300.
Mas, em criança, estudava numa escola com crucifixo e tentavam até obrigar-me a rezar. Não é fácil não se pertencer à maioria, quando se é miúdo.
Por outro lado, não teria problemas em ter nas minhas aulas alunas com o véu islâmico. Afinal, já tive freiras com o hábito completo.
No entanto, acho que é bom que a escola se mantenha neutra. Cumpra-se a lei.
4.12.05
30.11.05
A avozinha da avozinha
Conheci-a tinha eu uns 5 anos. Até então tínhamos vivido numa terra diferente, o que há 50 anos queria dizer ausência de contactos.
Quando ela entrou em nossa casa e na nossa vida, estranhei a sua existência, pois para mim, o meu pai era o Paizinho e não era suposto ter mãe!
Explicada a coisa e vencido o embaraço das primeiras horas, surpreendeu o meu espírito infantil que o nosso gato arisco a tivesse aceite tão incondicionalmente.
Tornou-se rapidamente a nossa Avozinha.
Conversávamos muito. Ia passear com ela a Ranhados (arredores de Viseu), sua terra e do meu pai. Ensinou-me a tricotar um longo cachecol para bonecas, num branco sujo das minhas mãos cheias de outras brincadeiras menos femininas, como por exemplo, jogar à bola com os meus irmãos.
Dizia-me frequentemente: "Quando eu for para o céu, olha para cima, que eu vou estar lá a dizer-te adeus!"
E um dia, muito breve, ela partiu.
Tenho-me esquecido de olhar para o céu.
Mas é em homenagem a ela que me chamo Avozinha.
Quando ela entrou em nossa casa e na nossa vida, estranhei a sua existência, pois para mim, o meu pai era o Paizinho e não era suposto ter mãe!
Explicada a coisa e vencido o embaraço das primeiras horas, surpreendeu o meu espírito infantil que o nosso gato arisco a tivesse aceite tão incondicionalmente.
Tornou-se rapidamente a nossa Avozinha.
Conversávamos muito. Ia passear com ela a Ranhados (arredores de Viseu), sua terra e do meu pai. Ensinou-me a tricotar um longo cachecol para bonecas, num branco sujo das minhas mãos cheias de outras brincadeiras menos femininas, como por exemplo, jogar à bola com os meus irmãos.
Dizia-me frequentemente: "Quando eu for para o céu, olha para cima, que eu vou estar lá a dizer-te adeus!"
E um dia, muito breve, ela partiu.
Tenho-me esquecido de olhar para o céu.
Mas é em homenagem a ela que me chamo Avozinha.
29.11.05
Amor
Fui muito amada pelos meus pais, mas eles partiram.
Os meus irmãos amam-me, mas eles têm as suas vidas.
O meu marido ama-me, mas é um homem.
Os meus filhos amam-me, mas eles têm os seus próprios cônjuges e filhos.
As minhas netas começam a amar-me, mas elas pertencem ao futuro.
Os meus amigos amam-me, mas eles têm as suas famílias.
Resta-me o Tudo, o Amor Total, que me ama e me aceita de uma maneira absoluta, incompreensível e absurda. Que fez tudo por mim e que nunca, mas nunca me deixa só.
E Nele tenho tudo: amigos, netas, filhos, marido, irmãos e pais.
Que sensação esta, a de ser amada apesar de tudo!
Os meus irmãos amam-me, mas eles têm as suas vidas.
O meu marido ama-me, mas é um homem.
Os meus filhos amam-me, mas eles têm os seus próprios cônjuges e filhos.
As minhas netas começam a amar-me, mas elas pertencem ao futuro.
Os meus amigos amam-me, mas eles têm as suas famílias.
Resta-me o Tudo, o Amor Total, que me ama e me aceita de uma maneira absoluta, incompreensível e absurda. Que fez tudo por mim e que nunca, mas nunca me deixa só.
E Nele tenho tudo: amigos, netas, filhos, marido, irmãos e pais.
Que sensação esta, a de ser amada apesar de tudo!
27.11.05
Citação de domingo
"O Senhor chamou pelo nome a Bezalel e o Espírito de Deus o encheu de habilidade, inteligência e conhecimento.(...) Deus lhe dispôs o coração para ensinar a outrem".
(Êxodo, Bíblia)
(Êxodo, Bíblia)
26.11.05
1ª aula de substituição da minha vida
em quase 36 anos de carreira.
Uma turma de 7º ano (as minhas são de 12º).
Os alunos vão entrando contrariados. Proponho-lhes umas palavras de Alemão, coisa que funcionou há dias com uma colega e outra turma. Não dizem que sim, nem que não.
Começo com uma folha cheia de fotos da Alemanha, para eles tentarem identificar o que se trata: Restaurante, Cerveja, Paragem de autocarro.
Lá me vão fazendo o favor de ir dizendo qualquer coisa, nos intervalos de tentar conversar uns com os outros em voz altíssima. Como falam alto estes miúdos!
Riem-se de me ouvir ler as palavras em Alemão e essa é talvez a melhor reacção que tiro deles.
Meio bloco passa depressa, graças a Deus!
Uma turma de 7º ano (as minhas são de 12º).
Os alunos vão entrando contrariados. Proponho-lhes umas palavras de Alemão, coisa que funcionou há dias com uma colega e outra turma. Não dizem que sim, nem que não.
Começo com uma folha cheia de fotos da Alemanha, para eles tentarem identificar o que se trata: Restaurante, Cerveja, Paragem de autocarro.
Lá me vão fazendo o favor de ir dizendo qualquer coisa, nos intervalos de tentar conversar uns com os outros em voz altíssima. Como falam alto estes miúdos!
Riem-se de me ouvir ler as palavras em Alemão e essa é talvez a melhor reacção que tiro deles.
Meio bloco passa depressa, graças a Deus!
25.11.05
Ex-alunos
Encontrei-a perto da escola. Cumprimentei-a. O nome não me ocorreu imediatamente, mas a cara e voz estão indelevelmente gravados na minha memória.
Venho andando para casa e só algum tempo depois se me faz luz na cabeça: é a S. e foi minha aluna em 2000/2001. Lembro-me do lugar onde se sentava, com quem se sentava e dos seus modos, neste caso, meigos.
Gosto muito de encontrar ex-alunos e verificar o progresso deles, nos cursos que estão a tirar, nos empregos que têm. Às vezes, encontro-os mesmo como colegas!
Não tenho a pretensão de imaginar que os influenciei, mas gosto de pensar que me foi dado o privilégio de 'tocar' um pouco as suas vidas.
Venho andando para casa e só algum tempo depois se me faz luz na cabeça: é a S. e foi minha aluna em 2000/2001. Lembro-me do lugar onde se sentava, com quem se sentava e dos seus modos, neste caso, meigos.
Gosto muito de encontrar ex-alunos e verificar o progresso deles, nos cursos que estão a tirar, nos empregos que têm. Às vezes, encontro-os mesmo como colegas!
Não tenho a pretensão de imaginar que os influenciei, mas gosto de pensar que me foi dado o privilégio de 'tocar' um pouco as suas vidas.
24.11.05
Fui mãe
22.11.05
Há 42 anos
21.11.05
20.11.05
Citação de domingo
"Aos 27 anos de idade, enquanto viajava no metro de Leninegrado (hoje S. Petersburgo), fui dominado por um desespero tão intenso que a vida me pareceu parar de uma vez, anulando completamente o futuro e não deixando nenhum significado. De repente, uma frase apareceu por si só: 'Sem Deus a vida não faz sentido'. Repetindo-a, assombrado, eu repassei a frase como numa escada rolante, saí do metro e caminhei para a luz de Deus".
Andrei Bitov in Rick Warren, "Uma Vida Com Propósitos"
Andrei Bitov in Rick Warren, "Uma Vida Com Propósitos"
19.11.05
A pérola
Sabem certamente como se forma uma pérola.
Num terrível acidente de percurso, uma tempestade, por exemplo, há uma pedrinha minúscula que entra dentro da ostra. Durante anos, a ostra vai fabricando uma substância nacarada com que envolve a pedra, a fim de diminuir o sofrimento causado por ela. Ao fim de, digamos, 15 anos, a pedra transformou-se numa belíssima e muito valiosa pérola.
O Pescador sabe que há pérolas lá em baixo. Mas chegar lá pode significar até a sua própria morte. Em sucessivos mergulhos de apneia, ele desce e procura. Aqui não está, não está ali. Finalmente, encontra-a. Cá está, a Pérola. Como a busca valeu a pena! A pérola vai agora ganhar todo o seu brilho, à luz do sol!
Esta é tua história, meu amigo Labaredas, e do Pescador que te encontrou.
Num terrível acidente de percurso, uma tempestade, por exemplo, há uma pedrinha minúscula que entra dentro da ostra. Durante anos, a ostra vai fabricando uma substância nacarada com que envolve a pedra, a fim de diminuir o sofrimento causado por ela. Ao fim de, digamos, 15 anos, a pedra transformou-se numa belíssima e muito valiosa pérola.
O Pescador sabe que há pérolas lá em baixo. Mas chegar lá pode significar até a sua própria morte. Em sucessivos mergulhos de apneia, ele desce e procura. Aqui não está, não está ali. Finalmente, encontra-a. Cá está, a Pérola. Como a busca valeu a pena! A pérola vai agora ganhar todo o seu brilho, à luz do sol!
Esta é tua história, meu amigo Labaredas, e do Pescador que te encontrou.
18.11.05
Rectifico
Não resisti e passei boa parte da manhã a preparar materiais para as famigeradas substituições...
17.11.05
Falta de ar
Cansaço. Tosse. Expectoração. Qualidade de vida que se deteriora. Sofrimento. Depender de outros para as actividades do dia a dia. Garrafa de oxigénio. Definhar. Falta de oxigénio também no cérebro. Confusão mental. Situação irreversível. Sufocação. Agonia dramática. Morte.
(Descrição da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica - causada pelo hábito de fumar - pelo Dr. Ramalho de Almeida, pneumologista)
Dia Mundial do Não Fumador.
(Descrição da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica - causada pelo hábito de fumar - pelo Dr. Ramalho de Almeida, pneumologista)
Dia Mundial do Não Fumador.
16.11.05
Do valor da informação
A Madona diz que não lê jornais, provavelmente porque não gosta de se ver nos olhos dos outros. Já há muitos anos que um certo candidato a presidente disse o mesmo.
15.11.05
14.11.05
O que é um prof?
Transcrevo, com a devida vénia, da minha colega href="http://somaisumaprof.blogspot.com/">.
O professor compra uma agenda nova, um caderno bonito, uma caneta verde. Prepara-se com expectativa (com esperança?) para o que o novo ano lhe trará.
O Professor é um aluno que não quis deixar a escola.
O professor zanga-se, "congelado", longe da família, horário mau, vida difícil. Faz promessas e juras: não gasta nem mais um minuto no fim de semana, nada de projectos loucos, nem mais um tostão do bolso, nem mais um tinteiro, uma folha de papel, gota de tinta, gota de sangue, gota de suor. Espreitem uns dias depois. O professor está, outra vez, a fazer a festa com os alunos. A festa é, quase sempre, muito maior.
O Professor tem forma de coração com memória fraca.
O professor não tem endereço electrónico. Não escreve textos no computador. Não quer. Diz que não, que não gosta, que não percebe. O professor insiste que prefere lápis e papel. Nunca, nunca conseguirá. Diz que não vale a pena. E depois...O professor pede ajuda ao filho. O professor faz formação. Aceita a mão de outro professor.O professor dá mais um passo.
O Professor é um caderno já muito cheio, onde encontramos sempre muitas folhas brancas.
O professor fala de saúde, futuro, matemática, inglês, poesia, estudo, música, informática, livros. Sabe fazer projectos, jornais, cartazes, desenhos, receitas, teatro. Cura feridas, ampara tristezas, acalma medos. Escuta segredos, dá conselhos, conta anedotas, prepara passeios, monta exposições. Dirige a escola, dirige um grupo, escreve regulamentos, prepara oficinas, constrói materiais.
O Professor não sabe o que quer ser quando crescer.
O professor faz muitas perguntas, por dentro e por fora dele. O professor gosta que lhe façam perguntas. O professor ensina que as perguntas são a melhor maneira de aprender. O professor acha mais difícil fazer uma boa pergunta do que dar uma má resposta. O professor ensina a perguntar.O professor não sabe todas as respostas.
O Professor é um ponto de interrogação com muitas respostas possíveis.
O professor tem medo. De não conseguir, de não ser capaz, de errar, de acertar, de se perder, de perder alguém. Tem medo de ter medo. Medo de não ter medo. Medo de avançar depressa, de avançar devagar. Medo de ficar parado.O professor tem medo que não aconteça nada.
O Professor usa o medo como meio de transporte.
O professor chora, ri.
O professor sofre, mastiga desgostos, partilha-os se forem maiores do que ele próprio.
Tem sonhos, tem desejos. Às vezes pinta, às vezes canta, outras escreve. Planta flores, cria borboletas, namora, ama, tem filhos, não tem filhos, representa, dança, vai ao cinema.
O professor é feliz, é menos feliz, é feliz outra vez.
O professor fica parado a pensar no que sente.
O professor é de todas as cores por dentro e por fora.
Mais do que o arco-íris. Mais do que a maior caixa de lápis de cor do mundo.
Mais do que todas as cores que se podem imaginar.
O Professor do avesso é tão colorido como do direito.
O professor recomeça tantas tantas vezes, que desiste do prefixo "re".
O professor caminha numa estrada que dá voltas e voltas e voltas...
Não se lembra de ontem. Não sabe o amanhã. Oferece o tempo que tem.
O Professor não tem princípio nem fim.
O professor tem uma magia só dele.
Um feitiço que lhe foi lançado, não se sabe quando nem por que fada.
Ele é Bela ou Monstro, Princesa Adormecida, Gata Borralheira, Capuchinho Vermelho, Branca de Neve. As madrastas, os lobos, as bruxas, as trevas vão andar sempre por aí.
Ele luta, história a história, contra todos eles.
O Professor tem de ser o final feliz de todas as histórias, para que o mundo se salve.
Por entre o som das palavras, o professor é cheio de silêncios que poucos conhecem.
Silêncios que falam, muitas vezes, uma língua que quase ninguém se lembra de ter ouvido.
O Professor é um segredo que se deve contar em voz alta, para toda a gente ouvir.
* Texto publicado no Correio da Educação, CRIAP ASA, nº232, 3 de Outubro 2005. Autora: Teresa Marques, Escola Básica 2,3 de Azeitão.
O professor compra uma agenda nova, um caderno bonito, uma caneta verde. Prepara-se com expectativa (com esperança?) para o que o novo ano lhe trará.
O Professor é um aluno que não quis deixar a escola.
O professor zanga-se, "congelado", longe da família, horário mau, vida difícil. Faz promessas e juras: não gasta nem mais um minuto no fim de semana, nada de projectos loucos, nem mais um tostão do bolso, nem mais um tinteiro, uma folha de papel, gota de tinta, gota de sangue, gota de suor. Espreitem uns dias depois. O professor está, outra vez, a fazer a festa com os alunos. A festa é, quase sempre, muito maior.
O Professor tem forma de coração com memória fraca.
O professor não tem endereço electrónico. Não escreve textos no computador. Não quer. Diz que não, que não gosta, que não percebe. O professor insiste que prefere lápis e papel. Nunca, nunca conseguirá. Diz que não vale a pena. E depois...O professor pede ajuda ao filho. O professor faz formação. Aceita a mão de outro professor.O professor dá mais um passo.
O Professor é um caderno já muito cheio, onde encontramos sempre muitas folhas brancas.
O professor fala de saúde, futuro, matemática, inglês, poesia, estudo, música, informática, livros. Sabe fazer projectos, jornais, cartazes, desenhos, receitas, teatro. Cura feridas, ampara tristezas, acalma medos. Escuta segredos, dá conselhos, conta anedotas, prepara passeios, monta exposições. Dirige a escola, dirige um grupo, escreve regulamentos, prepara oficinas, constrói materiais.
O Professor não sabe o que quer ser quando crescer.
O professor faz muitas perguntas, por dentro e por fora dele. O professor gosta que lhe façam perguntas. O professor ensina que as perguntas são a melhor maneira de aprender. O professor acha mais difícil fazer uma boa pergunta do que dar uma má resposta. O professor ensina a perguntar.O professor não sabe todas as respostas.
O Professor é um ponto de interrogação com muitas respostas possíveis.
O professor tem medo. De não conseguir, de não ser capaz, de errar, de acertar, de se perder, de perder alguém. Tem medo de ter medo. Medo de não ter medo. Medo de avançar depressa, de avançar devagar. Medo de ficar parado.O professor tem medo que não aconteça nada.
O Professor usa o medo como meio de transporte.
O professor chora, ri.
O professor sofre, mastiga desgostos, partilha-os se forem maiores do que ele próprio.
Tem sonhos, tem desejos. Às vezes pinta, às vezes canta, outras escreve. Planta flores, cria borboletas, namora, ama, tem filhos, não tem filhos, representa, dança, vai ao cinema.
O professor é feliz, é menos feliz, é feliz outra vez.
O professor fica parado a pensar no que sente.
O professor é de todas as cores por dentro e por fora.
Mais do que o arco-íris. Mais do que a maior caixa de lápis de cor do mundo.
Mais do que todas as cores que se podem imaginar.
O Professor do avesso é tão colorido como do direito.
O professor recomeça tantas tantas vezes, que desiste do prefixo "re".
O professor caminha numa estrada que dá voltas e voltas e voltas...
Não se lembra de ontem. Não sabe o amanhã. Oferece o tempo que tem.
O Professor não tem princípio nem fim.
O professor tem uma magia só dele.
Um feitiço que lhe foi lançado, não se sabe quando nem por que fada.
Ele é Bela ou Monstro, Princesa Adormecida, Gata Borralheira, Capuchinho Vermelho, Branca de Neve. As madrastas, os lobos, as bruxas, as trevas vão andar sempre por aí.
Ele luta, história a história, contra todos eles.
O Professor tem de ser o final feliz de todas as histórias, para que o mundo se salve.
Por entre o som das palavras, o professor é cheio de silêncios que poucos conhecem.
Silêncios que falam, muitas vezes, uma língua que quase ninguém se lembra de ter ouvido.
O Professor é um segredo que se deve contar em voz alta, para toda a gente ouvir.
* Texto publicado no Correio da Educação, CRIAP ASA, nº232, 3 de Outubro 2005. Autora: Teresa Marques, Escola Básica 2,3 de Azeitão.
13.11.05
De novo
11.11.05
10.11.05
A minha neta J.
9.11.05
Desta vez, a beleza!
Gosto muito de Norman Rockwell. Até tenho uma pequena reprodução deste quadro da escola numa parede cá de casa.
Muitos críticos consideram que Norman pintou uma sociedade que nunca existiu. Não concordo. Acho que ele pintou uma América da primeira metade do século XX, muito doméstica, muito genuína. Adoro.
8.11.05
A minha neta M.
aos 18 meses, não gosta definitivamente de aniversários, nem da canção dos parabéns e muito menos de bolos com velas. Ontem, eu e ela vamos vendo um dos livros que lhe comprei, até chegarmos à página da festa de anos. Olha-me muito séria, faz beicinho e rompe num choro de arrancar lágrimas às paredes!
7.11.05
6.11.05
Citações de domingo
"É verdadeiramente apaixonante ser um discípulo de Jesus".
A.M.P.
"O fantástico em fazermos o nosso trabalho como para Deus é o verificar que Ele está presente e actuante no nosso ambiente de trabalho."
M.E.C.
A.M.P.
"O fantástico em fazermos o nosso trabalho como para Deus é o verificar que Ele está presente e actuante no nosso ambiente de trabalho."
M.E.C.
5.11.05
Tumultos em França
Muito preocupante a forma como as gerações mais novas dos imigrantes se revelam completamente não integradas. Em França, o facto de muitos desses jovens serem muçulmanos aumenta o problema da dificuldade de integração. Quem falhou? A escola, as igrejas, as próprias mesquitas, a vizinhança?
E cá? Já tivémos algumas pequenas amostras deste tipo de problema. Que estamos a fazer para integrar e dignificar as nossas 'gerações mais novas'?
Tudo quanto fazemos a nível das escolas e das igrejas (e estou a falar daquelas a que pertenço) pode ser precioso.
E cá? Já tivémos algumas pequenas amostras deste tipo de problema. Que estamos a fazer para integrar e dignificar as nossas 'gerações mais novas'?
Tudo quanto fazemos a nível das escolas e das igrejas (e estou a falar daquelas a que pertenço) pode ser precioso.
4.11.05
Desvendando o mistério
3.11.05
Muito obrigada, sr. Primeiro Ministro!
Os dois dias de férias que nos concede a partir dos 60 anos vão ser preciosos! Para já, espero bem que quando eu lá chegar (se chegar), já o senhor não seja o nosso primeiro. Em segundo lugar, nas escolas secundárias já mal conseguimos gozar os dias que temos... Este ano, tínhamos que as marcar entre 25 de Julho e 31 de Agosto. Todos. De facto, acabei por ter que adiar as minhas férias, por causa dos exames!
Never mind!
Never mind!
2.11.05
Quem é?
"Alto, de bela figura, feições espirituais e expressivas, modos insinuantes, palavra fácil e fluente, voz melodiosa e muito agradável, solidez dos argumentos, brilho na elocução, afabilidade e cortesia no trato particular".
Quem é? Ora adivinhem lá.
Quem é? Ora adivinhem lá.
1.11.05
1755
É com esta imagem de mundiconvenius.pt que me refiro ao tema irrecusável de hoje.
Interessante descobrir nas leituras que faço que o terramoto e sucessivo maremoto causaram na época uma enorme discussão filosófica sobre o papel da natureza e o de Deus por detrás da natureza, bem à semelhança (em ponto pequeno) do que se deu a propósito do Katrina e dos EUA. Frase simbólica dessa discussão é, para mim, a de Voltaire: "Lisboa está arruinada e dança-se em Paris".
Eu, que em 1969 experimentei uma amostrinha de terramoto, jamais consegui esquecer a sensação de estar por completo à mercê da natureza, de tentar caminhar e cair, de ver o roupeiro a ameaçar cair sobre mim, e sobretudo do ronco surdo que saía da terra.
31.10.05
De novo, os ciganos
A socióliga Maria Manuela Ferreira Mendes escreveu um livro sobre os ciganos, intitulado "Nós, os Ciganos e os Outros". Numa entrevista à nm, refere-se, entre outras, à tradição da vingança, que pode levar duas famílias a matarem-se mutuamente durante gerações. Diz às tantas:
"Aqui, é preciso dizer que a Igreja Filadélfia, uma igreja evangélica, tem tido importância a esse nível. Há muitas famílias que já se perdoaram devido à intervenção da igreja, nomeadamente dos seus valoes e crenças: na união, no perdão, na bondade, 'no dar a outra face'..."
"Aqui, é preciso dizer que a Igreja Filadélfia, uma igreja evangélica, tem tido importância a esse nível. Há muitas famílias que já se perdoaram devido à intervenção da igreja, nomeadamente dos seus valoes e crenças: na união, no perdão, na bondade, 'no dar a outra face'..."
30.10.05
Ontem
29.10.05
À atenção dos vendedores de livros,
de CDs e outros objectos através dos CTT:
Vejam se simplificam as coisas, que eu recebo as vossas missivas e passo tempos à procura do que pretendem vender. Vejo todos os magníficos carros, jóias, relógios, edredons e outros igualmente magníficos prémios que vou ganhar, mas o objecto que é suposto eu querer comprar está muitas vezes invisível.
Assim é que termino por meter tudo no lixo e já está.
Vejam se simplificam as coisas, que eu recebo as vossas missivas e passo tempos à procura do que pretendem vender. Vejo todos os magníficos carros, jóias, relógios, edredons e outros igualmente magníficos prémios que vou ganhar, mas o objecto que é suposto eu querer comprar está muitas vezes invisível.
Assim é que termino por meter tudo no lixo e já está.
28.10.05
Ranking das escolas
A minha escola não ficou nem nos 100 melhores, nem nos 100 piores. Nada mau! Este ano não estava muito preocupada, porque não tive 12º anos o ano passado. Mas este ano tenho! É sempre bom ver que os nossos alunos não nos deixam ficar mal, embora muitos outros factores pesem nos exames. Por exemplo: a avaliação dada pelo professor tem muito em conta factores como a oralidade, o trabalho realizado de uma forma diária, o que se passa na sala de aula. Os testes valem na minha disciplina um máximo de 50%. Daí que uma única prova seja muito passível de falsear resultados.
Quanto a mim, a diferença de posição nos rankings tem tudo a ver com a população que a escola serve. Escolas inseridas num ambiente desfavorecido lutam muito mais para conseguir uns magros resultados, enquanto outras, colégios particulares, por exemplo, precisam de um investimento muito menor.
Enfim, é o que acontece no resto da vida! É muito bom ver os nossos alunos singrar, especialmente aqueles que, à partida, pareciam fadados ao insucesso.
Quanto a mim, a diferença de posição nos rankings tem tudo a ver com a população que a escola serve. Escolas inseridas num ambiente desfavorecido lutam muito mais para conseguir uns magros resultados, enquanto outras, colégios particulares, por exemplo, precisam de um investimento muito menor.
Enfim, é o que acontece no resto da vida! É muito bom ver os nossos alunos singrar, especialmente aqueles que, à partida, pareciam fadados ao insucesso.
27.10.05
Migas, a gata mais louca do mundo!
Hoje
a caminho de um hospital em Lisboa, para marcar uns exames, saem-me duas ciganas ao caminho:
"Senhora, ler a sina por um euro!"
Respondo:
"Não quero saber o futuro, a minha sina está em Jesus Cristo."
Uma delas exclama, como que arrependida:
"Jesus Cristo?! Deus a abençoe e a mim também!"
"Senhora, ler a sina por um euro!"
Respondo:
"Não quero saber o futuro, a minha sina está em Jesus Cristo."
Uma delas exclama, como que arrependida:
"Jesus Cristo?! Deus a abençoe e a mim também!"
26.10.05
História III
Esta é a história de uma jovem professora de Biologia, a Juliana.
Natural do Minho, acabou por ter que concorrer para todo o país, como acontece a todos os jovens professores. Por sorte ou por azar, acabou por ficar colocada numa escola da Grande Lisboa, como a minha, por exemplo, num meio totalmente diferente daquele em que ela habita e onde sonhara exercer a profissão. Sabia já que a escola tinha uma grande percentagem de negros e a Juliana é assumidamente racista.
Pensou muito seriamente em desistir, quando soube o resultado do concurso. Mentalmente fez todos os cenários: sabia que não assumir a colocação implicava um castigo de anos, sem poder voltar a ser colocada. Chegou até a pensar em emigrar para qualquer lado. Meter-se num navio e ir para o outro lado do mundo.
Derrotada, veio assumir a colocação. Dentre as várias turmas que recebeu, uma detestou particularmente, porque era maioritariamente negra: uma turma de 12º ano.
Mas, competente cientificamente como é, a Juliana lá foi dando as aulas, embora detestasse os alunos.
E tão competente foi que os alunos, com exame e tudo, passaram todos!
Conseguem imaginar a tristeza dela a olhar para as pautas? Por orgulhosa que estivesse com a sua competência, ela queria vê-los todos chumbados!
Esta é uma história muito estranha. Que professor é capaz de passar um ano a trabalhar com alunos, vê-los serem bem sucedidos e querer que eles chumbem?
Mas a vida está cheia de contradições e mais contraditório é o ser humano!
Natural do Minho, acabou por ter que concorrer para todo o país, como acontece a todos os jovens professores. Por sorte ou por azar, acabou por ficar colocada numa escola da Grande Lisboa, como a minha, por exemplo, num meio totalmente diferente daquele em que ela habita e onde sonhara exercer a profissão. Sabia já que a escola tinha uma grande percentagem de negros e a Juliana é assumidamente racista.
Pensou muito seriamente em desistir, quando soube o resultado do concurso. Mentalmente fez todos os cenários: sabia que não assumir a colocação implicava um castigo de anos, sem poder voltar a ser colocada. Chegou até a pensar em emigrar para qualquer lado. Meter-se num navio e ir para o outro lado do mundo.
Derrotada, veio assumir a colocação. Dentre as várias turmas que recebeu, uma detestou particularmente, porque era maioritariamente negra: uma turma de 12º ano.
Mas, competente cientificamente como é, a Juliana lá foi dando as aulas, embora detestasse os alunos.
E tão competente foi que os alunos, com exame e tudo, passaram todos!
Conseguem imaginar a tristeza dela a olhar para as pautas? Por orgulhosa que estivesse com a sua competência, ela queria vê-los todos chumbados!
Esta é uma história muito estranha. Que professor é capaz de passar um ano a trabalhar com alunos, vê-los serem bem sucedidos e querer que eles chumbem?
Mas a vida está cheia de contradições e mais contraditório é o ser humano!
25.10.05
24.10.05
A gata
23.10.05
102 anos
Partiu há dias ao encontro do seu Senhor, que amou e serviu por muitas décadas. Era o Pastor Lourenço.
Conheci-o desde sempre e foi visita frequente lá em casa, desde a minha infância. Era famoso pela sua capacidade de conversar, sem nunca se cansar!
Já na minha juventude, ele estava sempre presente nas conferências de jovens que organizávamos e era o respeito e o temor em pessoa. Se os rapazes ou raparigas teimavam em fazer da noite dia, nós lembrávamos: "Olhem que está cá o Pastor Lourenço!" E, no entanto, poucos pastores havia que tanto estimassem os mais novos!
Com a injustiça e falta de rectidão "passava-se"! Felizmente, havia sempre uma filha que o retirasse da cena de confrontação e o acalmasse. Passados alguns minutos, já não era nada com ele e cumprimentava amistosamente quem, pouco antes, tanto o irritara.
Quando o meu pai faleceu, disse-me de lágrimas nos olhos, no cemitério: "Perdi o meu amigo!"
E é isso que digo agora: Perdemos o nosso amigo!
Nunca o esquecerei!
Conheci-o desde sempre e foi visita frequente lá em casa, desde a minha infância. Era famoso pela sua capacidade de conversar, sem nunca se cansar!
Já na minha juventude, ele estava sempre presente nas conferências de jovens que organizávamos e era o respeito e o temor em pessoa. Se os rapazes ou raparigas teimavam em fazer da noite dia, nós lembrávamos: "Olhem que está cá o Pastor Lourenço!" E, no entanto, poucos pastores havia que tanto estimassem os mais novos!
Com a injustiça e falta de rectidão "passava-se"! Felizmente, havia sempre uma filha que o retirasse da cena de confrontação e o acalmasse. Passados alguns minutos, já não era nada com ele e cumprimentava amistosamente quem, pouco antes, tanto o irritara.
Quando o meu pai faleceu, disse-me de lágrimas nos olhos, no cemitério: "Perdi o meu amigo!"
E é isso que digo agora: Perdemos o nosso amigo!
Nunca o esquecerei!
21.10.05
A minha sogra
Já vos falei da minha sogra?
É uma mulher notável! Tem mais 20 anos que eu e apenas mais 18 que o meu marido, primeiro filho dela.
Tem um ar calmo e sofrido, mas é puro engano! Ela é um vulcão! (No bom sentido, claro, já que sempre me dei muito bem com ela.)
A saúde tem-lhe pregado algumas partidas e é muito engraçado, porque os filhos lhe dizem:
"Mãe, tem que fazer assim e assado (como o médico manda)." E ela a tudo diz que sim.
O pior é que só faz realmente o que lhe dá na real gana, sempre com um ar de sofrida humildade...
A vida dela dava não um filme, não um blog, mas uma série de telenovelas!
Voltarei a falar dela.
É uma mulher notável! Tem mais 20 anos que eu e apenas mais 18 que o meu marido, primeiro filho dela.
Tem um ar calmo e sofrido, mas é puro engano! Ela é um vulcão! (No bom sentido, claro, já que sempre me dei muito bem com ela.)
A saúde tem-lhe pregado algumas partidas e é muito engraçado, porque os filhos lhe dizem:
"Mãe, tem que fazer assim e assado (como o médico manda)." E ela a tudo diz que sim.
O pior é que só faz realmente o que lhe dá na real gana, sempre com um ar de sofrida humildade...
A vida dela dava não um filme, não um blog, mas uma série de telenovelas!
Voltarei a falar dela.
20.10.05
Da "Notícias Magazine"
Não resisto a transcrever o que Isabel Stilwell escreveu nesta revista, no último domingo. É que é tão raro que a comunicação social chame os bois pelos nomes, no que diz respeito ao aborto!
"Porque, deixemo-nos de conversas, os factos puros e duros dizem que a uma relação sexual pode, com forte probabilidade, corresponder uma concepção. Uma concepção que por muito "ligeiros" que queiramos ser é a de um ser humano (pelo menos não há outra maneira de o conceber...) Mais,todos os métodos existentes de contracepção têm uma possibilidade de falhar. Logo, ninguém pode, em plena consciência, alegar que ficou surpreendido com uma gravidez, mesmo que não a deseje. Ou seja, o risco tem de ser assumido. (...)
Devemos meter na cabeça, na nossa e na dos nossos filhos, que se não temos condições de assumir as consequências dos nossos actos, o que é absolutamente legítimo, temos mais é que não os cometer."
clap clap clap
"Porque, deixemo-nos de conversas, os factos puros e duros dizem que a uma relação sexual pode, com forte probabilidade, corresponder uma concepção. Uma concepção que por muito "ligeiros" que queiramos ser é a de um ser humano (pelo menos não há outra maneira de o conceber...) Mais,todos os métodos existentes de contracepção têm uma possibilidade de falhar. Logo, ninguém pode, em plena consciência, alegar que ficou surpreendido com uma gravidez, mesmo que não a deseje. Ou seja, o risco tem de ser assumido. (...)
Devemos meter na cabeça, na nossa e na dos nossos filhos, que se não temos condições de assumir as consequências dos nossos actos, o que é absolutamente legítimo, temos mais é que não os cometer."
clap clap clap
19.10.05
Gripe das aves
Toda esta febre informativa em volta da gripe das aves é perturbadora. Não me posso esquecer dos idos dos anos 70, quando, com a erradicação da varíola, julgávamos que a ciência ia sempre progredir, descobrindo a cura de cada vez mais doenças até, quem sabe, à descoberta da fonte da eterna juventude...
Pois o choque veio nos anos 80, com a descoberta de uma nova doença mortal, que mudou a vida de todos nós: a sida.
E passou a ser este o paradigma: por cada nova descoberta de cura, vem uma outra doença ameaçar o nosso bem-estar.
Talvez seja este o preço de um mundo global, onde posso hoje estar aqui e amanhã na Tailândia, ou na China, e trazer o vírus na bagagem...
Pois o choque veio nos anos 80, com a descoberta de uma nova doença mortal, que mudou a vida de todos nós: a sida.
E passou a ser este o paradigma: por cada nova descoberta de cura, vem uma outra doença ameaçar o nosso bem-estar.
Talvez seja este o preço de um mundo global, onde posso hoje estar aqui e amanhã na Tailândia, ou na China, e trazer o vírus na bagagem...
18.10.05
17.10.05
28 anos
Foi há precisamente 28 anos que eles vieram a este mundo, com a rapidez de uma tempestade outonal. Em três horas estavam os dois cá fora. O médico que os ajudou a pôr neste mundo, dr. Cabral Sacadura, e a sua enfermeira já não estão neste mundo. O parto foi rápido e simples, não foi, C.? As consequências para a minha saúde já não foram assim tão simples. Mas nem um momento destes 28 anos me arrependi de os ter cá posto. As compensações têm sido mais que muitas.
Agradeço a Deus que vos trouxe, e agora, ambos pais, já compreendem melhor estas minhas palavras, não é?
Parabéns, filhotes!
14.10.05
História II
A minha vizinha D. Laura tem um café na rua há muitos anos, onde toda a vizinhança se reúne. Tem também duas filhas, já quase nos quarentas, a Bela e a São, que a rua viu crescer no café. Nunca conheci o pai das raparigas, penso que morreu cedo. A mãe cuidou sempre delas sozinha e, como se costuma dizer, deu-lhes igual educação.
Quando a escola se tornou um fardo para elas, a mãe puxou-as para a ajudar no café. Foi o que a Bela fez. Mas não a São.
A São, filha mais nova, talvez mais mimada, sofreu a forte investida das drogas aqui na rua, no início da década de 80, que dizimou toda uma geração. Desses moços e moças que se escondiam nas traseiras da escola para fumar os charritos, muito poucos estão estabelecidos na vida, já eles mesmos pais de adolescentes.A maioria perdeu-se.
Foi esse o destino da São. Às drogas leves, seguiram-se as pesadas, dois filhos, um de cada pai, entregues à mãe, uma pena de prisão e desapareceu. Dizem que foi fazer uma desintoxicação para Inglaterra, que roubou todo o dinheirito ganho pela mãe e pela irmã e não mais voltou. Anos a fio.
Qual não é o espanto geral da vizinhança quando a vemos no café da mãe, mais velha, muito mais velha que a sua verdadeira idade, mas sorridente, junto da sua radiante mãe.
Dividem-se as opiniões: a mãe devia desconfiar mais; em breve a São fará o mesmo e lá fica a pobre, uma mão atrás, outra à frente. Outros admiram o gesto da mãe, que mais uma vez perdoou.
Quem está de má cara é a filha mais velha, a Bela. Não esqueçamos que já uma vez viu voar as suas poupanças e teve de aturar os sobrinhos que a irmã deixou. Já não acredita em arrependimentos e estranha o sorriso de orelha a orelha que a mãe exibe agora.
Enfim: histórias de todos os dias.
Quando a escola se tornou um fardo para elas, a mãe puxou-as para a ajudar no café. Foi o que a Bela fez. Mas não a São.
A São, filha mais nova, talvez mais mimada, sofreu a forte investida das drogas aqui na rua, no início da década de 80, que dizimou toda uma geração. Desses moços e moças que se escondiam nas traseiras da escola para fumar os charritos, muito poucos estão estabelecidos na vida, já eles mesmos pais de adolescentes.A maioria perdeu-se.
Foi esse o destino da São. Às drogas leves, seguiram-se as pesadas, dois filhos, um de cada pai, entregues à mãe, uma pena de prisão e desapareceu. Dizem que foi fazer uma desintoxicação para Inglaterra, que roubou todo o dinheirito ganho pela mãe e pela irmã e não mais voltou. Anos a fio.
Qual não é o espanto geral da vizinhança quando a vemos no café da mãe, mais velha, muito mais velha que a sua verdadeira idade, mas sorridente, junto da sua radiante mãe.
Dividem-se as opiniões: a mãe devia desconfiar mais; em breve a São fará o mesmo e lá fica a pobre, uma mão atrás, outra à frente. Outros admiram o gesto da mãe, que mais uma vez perdoou.
Quem está de má cara é a filha mais velha, a Bela. Não esqueçamos que já uma vez viu voar as suas poupanças e teve de aturar os sobrinhos que a irmã deixou. Já não acredita em arrependimentos e estranha o sorriso de orelha a orelha que a mãe exibe agora.
Enfim: histórias de todos os dias.
13.10.05
O jardineiro
Para entenderem este 'post', têm que saber que temos um jardim, ou melhor, um canteirito à frente da casa. Durante os últimos anos, tem, de facto, sido mais um matagal!
Daí que, quando há semanas atrás se me apresentou um jardineiro que tinha acabado de arranjar com sucesso o jardim dos vizinhos de baixo, aceitei ouvi-lo:
"Sinhôra (é brasileiro) vai custá uma mixaria aí, dipois eu falo com a sinhora".
Pois bem: alguns dias e uma devastação total no meu jardim depois, uma ida minha ao Aki para comprar flores que o 'seu' jardineiro plantou, chegou a hora da verdade.
"Então quanto é que lhe devo?", pergunto na minha ignorante atitude de quem tem um jardim cheio de flores, amplamente gabado pela vizinhança e vai correr tudo bem.
"350€", respondeu calmamente.
Paguei.
Fiquei furiosa, mas paguei por 3 tardes de trabalho mais do que ele me tinha dito que a mulher ganha no Brasil por um mês de trabalho como professora.
O que mais me enfureceu foi não ter sido capaz de regatear, de dizer que nem pensar, etc.
Aproveitei apenas para dizer que agora tem que me fazer a manutenção do jardim grátis durante um ano...
De tal forma que já me apareceram mais uns cactos espetados no jardim...
Enfim: que fique como a minha contribuição para os colegas em dificuldades no Brasil!
Daí que, quando há semanas atrás se me apresentou um jardineiro que tinha acabado de arranjar com sucesso o jardim dos vizinhos de baixo, aceitei ouvi-lo:
"Sinhôra (é brasileiro) vai custá uma mixaria aí, dipois eu falo com a sinhora".
Pois bem: alguns dias e uma devastação total no meu jardim depois, uma ida minha ao Aki para comprar flores que o 'seu' jardineiro plantou, chegou a hora da verdade.
"Então quanto é que lhe devo?", pergunto na minha ignorante atitude de quem tem um jardim cheio de flores, amplamente gabado pela vizinhança e vai correr tudo bem.
"350€", respondeu calmamente.
Paguei.
Fiquei furiosa, mas paguei por 3 tardes de trabalho mais do que ele me tinha dito que a mulher ganha no Brasil por um mês de trabalho como professora.
O que mais me enfureceu foi não ter sido capaz de regatear, de dizer que nem pensar, etc.
Aproveitei apenas para dizer que agora tem que me fazer a manutenção do jardim grátis durante um ano...
De tal forma que já me apareceram mais uns cactos espetados no jardim...
Enfim: que fique como a minha contribuição para os colegas em dificuldades no Brasil!
12.10.05
Conhecem?
Numa manhã de chuva como a de hoje, só a constipação da minha vizinha me faria rir! Já a convidei para um chazinho, mais o Adérito dela. Querem vir também?
11.10.05
Hoje é dia de
Segui uma pista e vim aqui dar.
Esta é a minha foto mais recente, tirada a 5 de Outubro pela minha nora, e estou a dar bolotas à minha netinha M., que retirei da foto por muito respeito!
10.10.05
Furacão
Americanos anunciam furacão para Portugal.
Deve ser a vingança por tudo o que se disse e escreveu por cá a propósito do Katrina...
Deve ser a vingança por tudo o que se disse e escreveu por cá a propósito do Katrina...
9.10.05
Dia de Eleições
Nunca pensei ter que votar como votei hoje...
Na ressaca das eleições:
Em Gondomar, valentias destas só para esquecer.
Em Felgueiras, Fátima foi a senhora aparecida. Quem a fará desaparecer?
Em Oeiras, não há moral: há morais.
Na ressaca das eleições:
Em Gondomar, valentias destas só para esquecer.
Em Felgueiras, Fátima foi a senhora aparecida. Quem a fará desaparecer?
Em Oeiras, não há moral: há morais.
8.10.05
7.10.05
6.10.05
Fumar? Não, obrigada!
Acabo de 'pedir emprestado' o boneco ao filhote.
Já sabem o (mal) que penso sobre o tabaco, apesar de gostar de tanta gente que fuma.
Se o Lucky deixou de fumar, porque não tu?
5.10.05
4.10.05
Dia do Professor?
Só podem estar a gozar connosco, depois de tantas machadadas no nosso salário, na nossa carreira, nos nossos horários, no nosso bom nome público e na nossa dignidade!!!
Comentários
Como sabem, adoro os vossos comentários. Andava a estranhar a ausência deles, quando descubro que inadvertidamente mudei os 'settings' de forma a não os permitir...
Nabices!
A propósito, há blogs por aí a quem apetecia tanto responder... Mandar um email não tem a mesma graça!
Nabices!
A propósito, há blogs por aí a quem apetecia tanto responder... Mandar um email não tem a mesma graça!
3.10.05
O que é politicamente mais relevante?
A abstenção, o voto em branco ou votar no candidato da oposição?
2.10.05
30.9.05
Moral da história de ontem
O fantástico não é que o Zé tenha devolvido várias vezes o que tinha 'desviado'para o seu bolso. Mas como é que alguém, que passou os 40 anos da sua existência atrás do dinheiro passa esse objectivo para o fim da sua lista de prioridades?
29.9.05
Histórias
Z., chamemos-lhe Zé, exerce o seu 'métier' com grande capacidade. Infelizmente, já que é inspector das finanças, a sociedade não aprecia a sua dedicação e acusa-o, à boca pequena, de efectuar as suas inspecções de acordo com somas avultadas que lhe possam ser postas à disposição. Outros tempos e lugares, obviamente...
Certo dia a atenção do Zé é despertada pelo movimento inusitado na cidade, causado pela chegada de uma cabeça coroada, de visita, vinda de um país distante. Os media e a população, igualmente ansiosos por captar uma boa visão do acontecimento, acotovelam-se na praça central.
Ora o Zé não gosta de empurrões, mas também gostaria de ver o tal rei. O tumulto e a sua pequena constituição física não lho permitem. Daí, sobe a um prédio em contrução, de onde verá melhor que ninguém.
O cortejo chega: vários batedores de mota, vários carros oficiais, o costume. O rei vem num descapotável e tão à vontade que nem vidros à prova de bala há.
A quantidade enorme de gente faz parar o veículo mesmo no meio da praça, junto ao prédio onde está o Zé. "Se eu fosse fotógrafo," pensa ele, "tinha a minha vida feita com o que podia ganhar com as fotos tiradas daqui." Sempre a preocupação com o dinheiro e nem imagina o que está prestes a acontecer-lhe.
O rei sai do carro: espanto! Os guarda-costas esforçam-se por circundá-lo, mas em vão.
Ele dirige-se ao prédio em construção e grita:
"Zé, que fazes aí? Vem falar comigo!"
O Zé desce, salta, desliza numa pressa, toda a sua vida posta de parte, porque o rei quer ser seu amigo!
O resto da história podem lê-la na Bíblia.
Certo dia a atenção do Zé é despertada pelo movimento inusitado na cidade, causado pela chegada de uma cabeça coroada, de visita, vinda de um país distante. Os media e a população, igualmente ansiosos por captar uma boa visão do acontecimento, acotovelam-se na praça central.
Ora o Zé não gosta de empurrões, mas também gostaria de ver o tal rei. O tumulto e a sua pequena constituição física não lho permitem. Daí, sobe a um prédio em contrução, de onde verá melhor que ninguém.
O cortejo chega: vários batedores de mota, vários carros oficiais, o costume. O rei vem num descapotável e tão à vontade que nem vidros à prova de bala há.
A quantidade enorme de gente faz parar o veículo mesmo no meio da praça, junto ao prédio onde está o Zé. "Se eu fosse fotógrafo," pensa ele, "tinha a minha vida feita com o que podia ganhar com as fotos tiradas daqui." Sempre a preocupação com o dinheiro e nem imagina o que está prestes a acontecer-lhe.
O rei sai do carro: espanto! Os guarda-costas esforçam-se por circundá-lo, mas em vão.
Ele dirige-se ao prédio em construção e grita:
"Zé, que fazes aí? Vem falar comigo!"
O Zé desce, salta, desliza numa pressa, toda a sua vida posta de parte, porque o rei quer ser seu amigo!
O resto da história podem lê-la na Bíblia.
28.9.05
Convite
Vou convidar uma pessoa para vir cá a casa almoçar. Ainda não escolhi a ementa nem nada, mas terá de ser mesmo especial, no estilo que favoreça o convívio. Claro que a casa vai estar cheia da nossa família e amigos, com aquela confusão de quando estão todos: música, conversa e risos ao mesmo tempo, enquanto alguém ainda tenta ver algo na televisão.
Espero bem que o convidado aceite o meu convite. Quem o conhece bem diz que gosta muito de conviver com todo o tipo de pessoas e que nunca recusa uma boa conversa. Parece que nem sempre é muito ortodoxo nas opiniões e não é de todo politicamente correcto!
Estou certa que vai aceitar o convite. Ao fim e ao cabo, escreveu em qulquer lado que, se alguém o convidar, "entrarei e tomaremos juntos uma refeição, em íntima companhia". Sim, o meu convidado é Jesus.
Espero bem que o convidado aceite o meu convite. Quem o conhece bem diz que gosta muito de conviver com todo o tipo de pessoas e que nunca recusa uma boa conversa. Parece que nem sempre é muito ortodoxo nas opiniões e não é de todo politicamente correcto!
Estou certa que vai aceitar o convite. Ao fim e ao cabo, escreveu em qulquer lado que, se alguém o convidar, "entrarei e tomaremos juntos uma refeição, em íntima companhia". Sim, o meu convidado é Jesus.
27.9.05
26.9.05
Enfim, Migas!
25.9.05
Início de Aulas (ainda)
Há dias, primeira aula de uma turma que já foi minha o ano passado. Ao entrar no pavilhão, passo por uma das alunas e digo-lhe: "Vamos, S.!" Ela: "A setora é nossa professora outra vez?" "Sim", respondo. Os olhos brilham-lhe...
Já na sala, surge agora a V., que fica estática à porta quando me vê: "É a setora? M., M., vem ver quem é a nossa setora!"
Moral da história: sou não apenas uma mãe e uma avó babada, sou também uma prof babadíssima!
Já na sala, surge agora a V., que fica estática à porta quando me vê: "É a setora? M., M., vem ver quem é a nossa setora!"
Moral da história: sou não apenas uma mãe e uma avó babada, sou também uma prof babadíssima!
24.9.05
Feira do Livro
para mim, é a da Amadora, assim entre Setembro e Outubro.
Deambular nas calmas entre as barraquinhas, espreitar aqueles 'velhos' livros que não comprei na altura. Ir às barraquinhas do artesanato, comprar umas azevias e uns docinhos do Algarve...
Este ano, comprei livros para as netas, como este. Há lá mais, para o ano!
23.9.05
22.9.05
Ouvido hoje na rádio
"Pode ser perigoso ler a Bíblia sem preparação"
(A. C., biblista dos Capuchos).
Meu comentário:
Sim, pode ser perigoso. O Deus que se revela lá pode invadir a tua vida!
(A. C., biblista dos Capuchos).
Meu comentário:
Sim, pode ser perigoso. O Deus que se revela lá pode invadir a tua vida!
Bem-vindo, Outono, ao hemisfério norte!
Como já vos disse, gosto muito do início de todas estações, particularmente desta.
O que aprecio no Outono:
-a casa
-as folhas
-o sol
-as primeiras chuvas
-o cheiro da terra molhada
-um cobertor na cama
-o recomeço das aulas (serei mesmo masoquista...)
-um gato ao colo
O que detesto no Outono:
-dores de garganta
O que aprecio no Outono:
-a casa
-as folhas
-o sol
-as primeiras chuvas
-o cheiro da terra molhada
-um cobertor na cama
-o recomeço das aulas (serei mesmo masoquista...)
-um gato ao colo
O que detesto no Outono:
-dores de garganta
21.9.05
Tempos de pós-política
Já nem a política é como era!
Esquerda / direita perderam os seus papéis. Veja-se por exemplo, o que se passa na Europa. Blair ficou desiludido com as eleições na Alemanha, porque ele (de esquerda) queria que Angela Merkel (de direita) fosse a chanceler...
Cá no burgo também as coisas não vão muito mais definidas: o candidato de centro-direita à Câmara de Lisboa é muito mais um homem do povo do que o candidato da centro-esquerda, que é um dandy!
Já para não falar do nosso 1º, assumidamente um homem de esquerda, e que até agora só tem imposto medidas de direita...
Esquerda / direita perderam os seus papéis. Veja-se por exemplo, o que se passa na Europa. Blair ficou desiludido com as eleições na Alemanha, porque ele (de esquerda) queria que Angela Merkel (de direita) fosse a chanceler...
Cá no burgo também as coisas não vão muito mais definidas: o candidato de centro-direita à Câmara de Lisboa é muito mais um homem do povo do que o candidato da centro-esquerda, que é um dandy!
Já para não falar do nosso 1º, assumidamente um homem de esquerda, e que até agora só tem imposto medidas de direita...
20.9.05
19.9.05
34 anos!
Esteve um dia como o de hoje, esse de 19 de Setembro de 1971: céu azul intenso, calor e muita felicidade. Dávamos assim início a este percurso que nos trouxe até aqui. Há 34 anos que somos uma família portuguesa normal, com coisas boas e coisas menos boas. Temos lidado muito com outras famílias, especialmente casais jovens. A esses tentamos sempre mostrar o nosso exemplo, isto é: os casais com defeitos e problemas podem permanecer unidos, vale a pena!
O melhor prémio destes 34 anos são as duas gerações que já nos vão sucedendo. Como diz a nossa cunhada C., os filhos "saíram melhor do que a encomenda", e das netas nem falar!
Obrigada, avôzinho, pelos 34 anos de companhia!
18.9.05
Ó tempo, volta para trás!
Quando algo de mal acontece, uma doença, ou outro evento negativo, muitas vezes dou comigo quase quase a pedir a Deus poder voltar atrás, lá à altura em que aquilo ainda não tinha acontecido e tudo estava em paz.
Mas não é assim que Deus trabalha. Ele nunca nos permite voltar atrás. Mas tenho bem a certeza que é nessa alturas que nos transporta ao colo.
Mas não é assim que Deus trabalha. Ele nunca nos permite voltar atrás. Mas tenho bem a certeza que é nessa alturas que nos transporta ao colo.
16.9.05
Comecei
Dei hoje início ao novo ano escolar, ou melhor: dei hoje as primeiras aulas.
Espantoso: ao contrário do que disse há dias, não estava nada nervosa!
Segredo: pela primeira vez em 36 anos de ensino, eu já conheço os alunos todos...
Vantagens da velhice...
Espantoso: ao contrário do que disse há dias, não estava nada nervosa!
Segredo: pela primeira vez em 36 anos de ensino, eu já conheço os alunos todos...
Vantagens da velhice...
15.9.05
De Rick Warren em "Vida com Propósitos"
"Tu foste planeado para agradar a Deus.
No instante em que nasceste neste mundo, Deus estava lá como testemunha invisível, sorrindo ao assistir ao teu nascimento. Ele quis que tu vivesses e a tua chegada Lhe deu enorme prazer. Deus não precisava de te criar, mas escolheu criar-te para a satisfação Dele. Tu existes para benefício, glória, propósito e prazer de Deus."
No instante em que nasceste neste mundo, Deus estava lá como testemunha invisível, sorrindo ao assistir ao teu nascimento. Ele quis que tu vivesses e a tua chegada Lhe deu enorme prazer. Deus não precisava de te criar, mas escolheu criar-te para a satisfação Dele. Tu existes para benefício, glória, propósito e prazer de Deus."
14.9.05
Início de Aulas
Isto faz-me lembrar o meu primeiro dia na escola, no longínquo ano de 1955, tinha eu a caminho de 7 anos. Nessa época a escola primária começava sempre a 7 de Outubro.
A minha mãe levou-me e deixou-me lá, na escola, que era a Escola do Magistério Primário em Viseu. Era tudo enoooorme. Lembro-me perfeitamente de uma senhora lá sentada numa cadeira, penso que seria uma funcionária. Lembro-me daqueles meninos todos. Lembro-me dos meus 6 lápis de cor, novinhos em folha. Lembro-me sobretudo do medo: das pessoas desconhecidas, do que iria acontecer, de que a minha mãe não voltasse.
Não correu assim tão mal a experiência. De tal maneira que continuo a repeti-la fielmente todos os anos, este tempo todo depois. E ainda fico nervosa, ao enfrentar as novas turmas!
A minha mãe levou-me e deixou-me lá, na escola, que era a Escola do Magistério Primário em Viseu. Era tudo enoooorme. Lembro-me perfeitamente de uma senhora lá sentada numa cadeira, penso que seria uma funcionária. Lembro-me daqueles meninos todos. Lembro-me dos meus 6 lápis de cor, novinhos em folha. Lembro-me sobretudo do medo: das pessoas desconhecidas, do que iria acontecer, de que a minha mãe não voltasse.
Não correu assim tão mal a experiência. De tal maneira que continuo a repeti-la fielmente todos os anos, este tempo todo depois. E ainda fico nervosa, ao enfrentar as novas turmas!
13.9.05
Saloiice
O meu filho faz todos os esforços para me convencer da minha saloiice: ele é o sítio onde moro, ele é a profissão que exerço, ele é os livros que leio, os filmes que vejo, etc.
De facto, já estou quase convencida! Lembro-me, por exemplo, que já era bem saloia na minha juventude. Prova disso é que um dos nossos passatempos ao domingo à tarde era irmos ao velho Belsol, o único supermercado da Amadora e arredores. Só para passear a olhar para as prateleiras.
Mas o cúmulo da minha saloiice foi ter tido três filhos antes dos 30 anos!
De facto, já estou quase convencida! Lembro-me, por exemplo, que já era bem saloia na minha juventude. Prova disso é que um dos nossos passatempos ao domingo à tarde era irmos ao velho Belsol, o único supermercado da Amadora e arredores. Só para passear a olhar para as prateleiras.
Mas o cúmulo da minha saloiice foi ter tido três filhos antes dos 30 anos!
12.9.05
Encontro com um terrorista
Enquanto estivemos nos States, fazíamos diariamente o percurso Newark-New York, de comboio. Foi na estação de comboios de Newark que uma manhã fui comprar umas pastilhas a um quiosque. Já me vinha embora sem o troco do dólar, quando o senhor me chamou "Hey lady" e me devolveu o resto do dinheiro. Olhei-o: alto, forte, cor entre o moreno e o negro, que é tão comum na zona de Nova York.
Qual não foi o meu espanto quando, dias depois do 11 de Setembro, em Portugal, o reconheço numa foto que a televisão mostra. Ele e um sócio tinham alugado o quiosque para melhor poderem vigiar o Aeroporto de Newark e nunca mais apareceram depois do 11 de Setembro. Era um dos terroristas.
Qual não foi o meu espanto quando, dias depois do 11 de Setembro, em Portugal, o reconheço numa foto que a televisão mostra. Ele e um sócio tinham alugado o quiosque para melhor poderem vigiar o Aeroporto de Newark e nunca mais apareceram depois do 11 de Setembro. Era um dos terroristas.
11.9.05
We Will Never Forget III!
Termino com a foto do velho 'skyline' de Nova York, tirada por mim do barco no regresso da Estátua da Liberdade e Ellis Island.
Com ela, fica o meu respeito a todos os nova-iorquinos que vivem nesta fantástica cidade. I could be one of you!
A minha gratidão também à boa família Jordão que nos recebeu tão bem e, com os seus pastéis de nata e sopa portuguesa, nos aqueceram o coração.
We Will Never Forget II!
We Will Never Forget!
10.9.05
Pobreza!
Vários dos nossos analistas políticos descobriram, deliciados, que afinal há pobres na América. Neste caso, a galinha da vizinha é sempre pior do que a minha!
Meus caros: cada um tem os pobres que merece!
Meus caros: cada um tem os pobres que merece!
9.9.05
Um blog amigo
Conhecem o Portu-galês?
O nome é uma boa definição da pessoa, ou, por outras palavras: o galês mais português que já conheceram. Ou será o contrário?
O nome é uma boa definição da pessoa, ou, por outras palavras: o galês mais português que já conheceram. Ou será o contrário?
8.9.05
Tróia: "Mixed Feelings"
Parafraseando José Carlos Malato, a velha Tróia foi um lugar onde eu fui feliz.
Por entre as palmas e as felicitações, pergunta uma popular numa entrevista televisiva:
"Que irá acontecer à praia dos pobres?"
Por entre as palmas e as felicitações, pergunta uma popular numa entrevista televisiva:
"Que irá acontecer à praia dos pobres?"
7.9.05
Agora é este
Comecei a ler este livro, o meu primeiro deste autor. O livro até tem uma história bizarra, que podem encontrar aqui.
Phillip Yancey
Já acabei de ler o livro "Maravilhosa Graça", que recomendo vivamente. Apetecia-me pôr aqui enormes excertos dele, mas vai só este bocadinho:
"Mesmo que os cristãos demonstrassem elevado padrão ético, só isso não cumpriria o evangelho. Afinal, os fariseus tinham ética impecável. Antes, Jesus reduziu a marca de um cristão a uma única palavra. "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." O mais subversivo acto que a igreja pode praticar é obedecer sistematicamente a esse mandamento."
"Mesmo que os cristãos demonstrassem elevado padrão ético, só isso não cumpriria o evangelho. Afinal, os fariseus tinham ética impecável. Antes, Jesus reduziu a marca de um cristão a uma única palavra. "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." O mais subversivo acto que a igreja pode praticar é obedecer sistematicamente a esse mandamento."
6.9.05
Do bom e do melhor!
Um dos meus irmãos está convencido que faz tudo do bom e do melhor: ele lê o melhor jornal, ele come as melhores marcas de manteiga, pão, queijo, etc., ele frequenta o melhor supermercado, ele até vota nos melhores políticos. Não adianta desiludi-lo. Em todo o caso, como irmão também é do bom e do melhor!
5.9.05
Regresso
Volto à escola no regresso de férias. Placards - todos em branco. Data de início de aulas, de reuniões, nada. Só o diz-que-disse. Os novos colegas olham perplexos para tanto vazio. Nós, os da casa, já não. Não é defeito, é feitio.
4.9.05
3.9.05
Nada como a Natureza
para nos colocar no nosso verdadeiro lugar e nos permitir vermo-nos como realmente somos: pobres, miseráveis, cegos e nus.
2.9.05
We the people
We the people stood up for freedom and democracy around the world
We the people stretched our hand to everyone on this planet
We the people hit the stars.
We the people are humbly kneeling before that ultimate truth:
We the people are simply people.
We the people stretched our hand to everyone on this planet
We the people hit the stars.
We the people are humbly kneeling before that ultimate truth:
We the people are simply people.
Pânico
Dos jornais de ontem:
"Mais de 1000 pessoas morreram no Iraque pelo pânico causado pelo boato de que estaria entre eles um bombista suicida".
Tristemente irónico é que, se o houvesse, certamente não teria causado tantos mortos!
Isso faz-me lembrar uma história que li em miúda, assim:
A Peste ia a sair de uma cidade, deixando para trás 5000 mortos, quando foi interpelada por alguém que lhe perguntou: "Como é possível que matasses tanta gente nesta cidade?" Respondeu prontamente: "Não, eu só matei 2000; os outros foi o Medo que os matou!"
"Mais de 1000 pessoas morreram no Iraque pelo pânico causado pelo boato de que estaria entre eles um bombista suicida".
Tristemente irónico é que, se o houvesse, certamente não teria causado tantos mortos!
Isso faz-me lembrar uma história que li em miúda, assim:
A Peste ia a sair de uma cidade, deixando para trás 5000 mortos, quando foi interpelada por alguém que lhe perguntou: "Como é possível que matasses tanta gente nesta cidade?" Respondeu prontamente: "Não, eu só matei 2000; os outros foi o Medo que os matou!"
1.9.05
31.8.05
A frase do dia
Disse S. Q., e eu concordo, mais ou menos isto:
"É absurdo afirmar que não existe verdade absoluta, pois essa afirmação pretende ser, em si mesma, uma verdade absoluta..."
"É absurdo afirmar que não existe verdade absoluta, pois essa afirmação pretende ser, em si mesma, uma verdade absoluta..."
30.8.05
Hoje
Se fosse vivo, faria 97 anos. Dizem que me parecia com ele. Não sei, mas revejo-me em alguns dos seus gestos e, cada vez mais, atitudes. À medida que foi envelhecendo, foi desenvolvendo uma aceitação e desculpabilização dos outros, que na altura não me agradavam nada. Tolices da minha juventude! Agora, dou-lhe toda a razão!
Era meu pai. E a falta que me faz!
Quando a minha mãe partiu, mandou pôr na sua campa esta frase, que agora lhe dedico:
"Até logo com Jesus".
Era meu pai. E a falta que me faz!
Quando a minha mãe partiu, mandou pôr na sua campa esta frase, que agora lhe dedico:
"Até logo com Jesus".
29.8.05
Dos jornais
"Largada de touros em San Sebastian de los Reyes, Espanha, provoca dezenas de feridos."
Já não era tempo de deixar os touros em paz?
Já não era tempo de deixar os touros em paz?
28.8.05
Vendas Novas
27.8.05
23.8.05
22.8.05
Governo
Toda a gente reclama com Sócrates por não ter voltado rapidamente das férias. Eu só pergunto:
Porque voltou?
Porque voltou?
21.8.05
Confirmação
Ao ver um documentário hoje no Canal Odisseia, recebo a imediata confirmação da citação de ontem.
Um guru indiano de nome Saibaba, apesar das fortíssimas acusações de pedofilia, charlatanismo e crimes financeiros, continua a ser adorado como "deus na terra" por milhares de pessoas, algumas delas importantes membros de ex-governos do país e inúmeros pseudo-esclarecidos ocidentais.
Um guru indiano de nome Saibaba, apesar das fortíssimas acusações de pedofilia, charlatanismo e crimes financeiros, continua a ser adorado como "deus na terra" por milhares de pessoas, algumas delas importantes membros de ex-governos do país e inúmeros pseudo-esclarecidos ocidentais.
20.8.05
Brilhante!
Desculpa lá, filho, que eu (ainda) nunca li o Chesterton, mas não consigo deixar de citar Humberto Eco, hoje, no DN:"Quando as pessoas deixam de acreditar em Deus, como costumava dizer Chesterton, não é que já não acreditem em nada, acreditam é em tudo. Até nos meios de comunicação."
19.8.05
Educação arreligiosa
Não sou muito panfletária, mas há dias trazia uma blusa oferecida, com o desenho de umas formigas e a frase:"Em Cristo posso confiar".
O meu sobrinho-neto J., 8 anos nados e criados na Suíça, quer saber o que significa aquilo. Traduzo para alemão. Pergunta ele, apontando para a formiguinha maior:
"Cristo é isto?"
O meu sobrinho-neto J., 8 anos nados e criados na Suíça, quer saber o que significa aquilo. Traduzo para alemão. Pergunta ele, apontando para a formiguinha maior:
"Cristo é isto?"
18.8.05
17.8.05
Leituras
16.8.05
Silly Season
Forçados a permanecer em casa, pouco mais me resta como actividades de lazer além da leitura, da net e da TV. Nem me falem em TV! Eu sei que está no defeso, mas que exagero de repetições e mais repetições das repetições!
15.8.05
Ufa! Que calor!
No fim do casamento da R., diz-me, jocoso, o meu sobrinho D.:
"Pronto, tia, já casaste os filhos todos; para o ano é o ar condicionado!"
Nem sabes quanto preciso, sobrinho!
"Pronto, tia, já casaste os filhos todos; para o ano é o ar condicionado!"
Nem sabes quanto preciso, sobrinho!
Tão bem e tão mal
Aqui, João césar das Neves tem um artigo interessante. Começa bem, pondo em causa as teorias romanceadas tão em voga, que casam Cristo com Maria Madalena e acaba tão mal e tão longe do texto bíblico!
Por exemplo, Paulo em I Timóteo 1:1:
"Jesus Cristo, nossa esperança."
Hoje pode ser um dia dedicado à mariolatria, mas a Bíblia é bem específica:
"Há um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo" (I Tim. 2:5).
Por exemplo, Paulo em I Timóteo 1:1:
"Jesus Cristo, nossa esperança."
Hoje pode ser um dia dedicado à mariolatria, mas a Bíblia é bem específica:
"Há um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo" (I Tim. 2:5).
13.8.05
Actividades pós-casamento
Para além das duas horas que passei a arrumar objectos e comidas no fim do casamento da R. há duas semanas, restaram-me ainda outras actividades no regresso dos noivos. Por exemplo, sabiam que um vestido de noiva fica liiiindo lavado na máquina? Prontinho a vestir, se fosse o caso! E nem uma pérolazinha caíu!
Foi um bom conselho da senhora da casa de noivas que o vendeu. Só pensar nos 20 contitos que paguei à lavandaria pelo vestido da S....
Foi um bom conselho da senhora da casa de noivas que o vendeu. Só pensar nos 20 contitos que paguei à lavandaria pelo vestido da S....
11.8.05
Mais um priminho!
A minha neta M. acaba de receber mais um primo, desta vez o T., que se vem juntar ao R. e à J., do lado do papá! À ditosa mamã e ao feliz pianista seu pai e a toda a restante família desejo as maiores felicidades!
10.8.05
Oprah de novo
Ontem, no programa da Oprah, apresentavam-se vários casos de maridos infiéis e esposas que tinham perdoado. Uma delas insistia que, enquanto o affair do marido foi puramente sexual, isso não a incomodava. A psicóloga de serviço, feminista pela certa, zurzia nela a sua falta de afirmação perante tal caso. Mencionou o crescente separar na nossa cultura entre o sexo e o amor.
Acho que a senhora tem razão. Qualquer "Maria" ou outra revista qualquer, a TV, o cinema, cada vez mais nos convencem que o sexo livre é bom e não tem muito a ver com o amor. Pois eu digo não ao sexo pelo prazer e viva o sexo-intimidade, o sexo-compromisso, o sexo-amor.
Acho que a senhora tem razão. Qualquer "Maria" ou outra revista qualquer, a TV, o cinema, cada vez mais nos convencem que o sexo livre é bom e não tem muito a ver com o amor. Pois eu digo não ao sexo pelo prazer e viva o sexo-intimidade, o sexo-compromisso, o sexo-amor.
9.8.05
K. H.
Mais uma vez, apenas indico as iniciais. Mas quem o conhece, vai reconhecê-lo neste post.
Às vezes, uma voz de meiguice, outras vezes, voz de trovão. Quase sempre: a voz de Deus.
Às vezes, uma voz de meiguice, outras vezes, voz de trovão. Quase sempre: a voz de Deus.
8.8.05
I'm back!
For a few days...
Foi neste paradisíaco Acampamento Baptista em Água de Madeiros, S. Pedro de Moel, que passei a semana passada. Dificilmente podia ser melhor.
Foi neste paradisíaco Acampamento Baptista em Água de Madeiros, S. Pedro de Moel, que passei a semana passada. Dificilmente podia ser melhor.
30.7.05
É hoje!
Casa a minha filha mais velha.
Sensação de dever cumprido, por estranho que pareça, já que ela é independente há 10 anos!
Não estranhem uns dias de ausência, vou de férias.
Volto já.
Sensação de dever cumprido, por estranho que pareça, já que ela é independente há 10 anos!
Não estranhem uns dias de ausência, vou de férias.
Volto já.
29.7.05
Do convite de casamento da minha filhota
-"Cativar" quer dizer o quê?
-É uma coisa de que toda a gente se esqueceu -disse a raposa.- Quer dizer que se está ligado a alguém, quer dizer "criar laços"... Se tu me cativares, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu também passo a ser única no mundo para ti...
-Sabes, há uma certa flor... tenho a impressão que ela me cativou... - disse o principezinho.
-Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que cativaste. Tu és responsável pela tua rosa. Por favor... Cativa-me! - acabou finalmente por pedir a raposa.
("O Principezinho" de Antoine de Saint-Exupéry)
-É uma coisa de que toda a gente se esqueceu -disse a raposa.- Quer dizer que se está ligado a alguém, quer dizer "criar laços"... Se tu me cativares, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu também passo a ser única no mundo para ti...
-Sabes, há uma certa flor... tenho a impressão que ela me cativou... - disse o principezinho.
-Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que cativaste. Tu és responsável pela tua rosa. Por favor... Cativa-me! - acabou finalmente por pedir a raposa.
("O Principezinho" de Antoine de Saint-Exupéry)
28.7.05
Esta língua que nos separa
Diz a minha filha: "Uma rabanada de vento levou os papéis".
O meu quase quase genro: "Quê???" (acrescentar pronúncia brasileira).
O meu quase quase genro: "Quê???" (acrescentar pronúncia brasileira).
Dias
feitos de netas e stress pré-matrimonial.
Dias felizes, daqueles dos quais diremos no futuro: "Éramos tão felizes e nem percebíamos".
Dias felizes, daqueles dos quais diremos no futuro: "Éramos tão felizes e nem percebíamos".
27.7.05
Profs
O Ministério da Educação vem dizer que a partir do próximo ano lectivo, os profs não poderão acumular mais de 6 horas com o particular, nem dar explicações a alunos da mesma escola. Acho bem. Já advogava mais ou menos isso.
Mas, uma perguntinha: Só nós???!!!
Mas, uma perguntinha: Só nós???!!!
26.7.05
25.7.05
Fantástico!
You Should Learn Swedish |
Fantastisk! You're laid back about learning a language - and about life in general. Peaceful, beautiful Sweden is ideal for you... And you won't even have to speak perfect Swedish to get around! |
Já tenho ocupação para o verão...
21.7.05
Patagata
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